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Jó, JÓ, 34:37, Pois ao seu pecado acrescenta rebelião; entre nós, em tom de zombaria, bate palmas e multiplica as suas palavras contra Deus.`

Por Jó, Antigo Testamento

As obras mais perfeitas são as que mais incitam, pela sua facilidade aparente, à imitação.

Por Benito Galdós

Obrigado (por ter me deixado) Te encontrava nos cômodos todos. Nos pares de meia largados no chão, tão sem combinação quanto eu. Tão largados, amassados, sujos e esquecidos que não existiria metáfora melhor pra falar sobre mim. Doutor, isso passa? Nem tudo passa. E foi um baque descobrir que tem ferida que abre e inflama, tem ferida que abre e corta tanto que leva um pedaço da gente, tem ferida de todo tipo e tanta gente ferida por baixo da roupa que nem dá pra perceber quando se esbarra numa delas pela rua. Eu tava meio despedaçado. Desesperado mesmo. Numa loucura indigna, mas com um quê de drama-psicológico-monólogo-acelerado e me faltou ar. Me faltou ar por conta da pressão e da altitude. O ar congelou e eu fiquei rarefeito. Achava que as coisas todas passavam e foi um baque, como já disse, quando soube que a dor tinha estacionado. Parado bem na minha frente e me atingido numa baliza perfeita. Nem deu tempo de me despedir quando saía do chão e engolia poeira. Doutor, adianta anotar a placa do carro? Você foi aquela quase-coisa-que-deu-certo, sabe? Que me prende no “e se…” que eu nunca vou saber porque foi feita uma escolha voluntária. Aquele meu quase-amor que dói mais do que se tivesse sido porque me arrancou de mim por todo. E você não me segurava, não segurava o banco, não segurava o balanço e me dizia com todas as letras que eu devia ter agradecido só por você ter aparecido. Ainda que estático, ainda que na sombra do quarto como quem avisa que pode levantar no meio da noite e ir embora. Eu só senti que deveria ter agradecido com todas as letras quando você acelerou. Acelerou o carro e parou tudo na minha frente . Será que a gente aprende a dirigir outrra vez? Digo, não no sentido literal da coisa. Mas quanto tempo demora pra passar algo que não se passa? Pra sempre é tempo demais, mesmo que tivessem me cortado o acelerador e eu tivesse que empurrar o carro. No fundo, eu entendi que era tudo uma questão de visão: não tem “e se…” porque você foi. Sem prestar condicionalidade ou oferecer proposta. Você foi e pronto, acabou. A gente é que tem essa mania de estender a história pra tentar se sentir bem depois que é abandonado. Pra encher a cabeça e fingir que ainda vive aquilo. Ou pior: pra provar que você nem sempre foi assim e que se importava, sim, comigo. Mesmo que tudo indique e negue isso. Daí eu retomo os fatos e me lembro, de novo, de você reclamar de eu nunca ter te agradecido. E vejo as faltas, vejo os lapsos, vejo como você nem me fazia tão bem assim. Vejo aquela dependência e me pergunto como eu podia considerar que era amor alguém que vai (embora) sem a menor consideração com você. Se não existiu consideração pelo que se viveu, o outro já admite que nem ligava. E eu lá vou me matar, me envenenar, me tratar com dó como se você merecesse isso? E eu, que sempre fui mal-educado pra você, que nunca soube expressar direito os berros não dados, as noites mal dormidas enquanto lutava pra trancar o teu fantasma aqui dentro (da casa e de mim), queria que passasse e não percebia o controverso estado em que estava. Se queria que passasse, por que aprisionar uma projeção bonita de você que nunca existiu? Foi bem melhor pra mim. E agora eu agradeço pela melhor coisa que você fez por mim: obrigado (por você ter me deixado).

Por Daniel Bovolento

A arte não é, de modo nenhum, necessária. Tudo o que é preciso para tornarmos o mundo mais habitável é o amor.

Por Isadora Duncan

⁠Passei desde a hora que acordei até agora pensando em que dizer pra você mas, não tenho nada só tenho Deus pra me ajudar a provar o amor que sinto por você. Que Deus me ajude a ter você de volta ou mostre pra você em sonhos o quanto eu Te amo.

Por Alefe Yoseph

O primeiro raciocínio do homem é de natureza sensitiva...: os nossos primeiros mestres de filosofia são os nossos pés, as nossas mãos, os nossos olhos.

Por Jean-Jacques Rousseau

Romanos, RM, 11:3, ´Senhor, mataram os teus profetas, derrubaram os teus altares. Sou o único que sobrou, e procuram tirar-me a vida.`

Por Romanos, Novo Testamento

Cálice Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor, engolir a labuta Mesmo calada a boca, resta o peito Silêncio na cidade não se escuta De que me vale ser filho da santa Melhor seria ser filho da outra Outra realidade menos morta Tanta mentira, tanta força bruta Como é difícil acordar calado Se na calada da noite eu me dano Quero lançar um grito desumano Que é uma maneira de ser escutado Ese silêncio todo me atordoa Atordoado eu permaneço atento Na arquibancada pra a qualquer momento Ver emergir o monstro da lagoa De muito gorda a proca já não anda De muito suada a faca já não corta Como é difícilo, pai, abrir a porta Essa palavra presa na garganta Esse pileque homérico no mundo De que adianta ter boa vontgade Mesmo calado o peito, resta a cuca Dos bêbados do centro da cidade Talvez o mundo não seja pequeno Nem seja a vida um fato consumado Quero inventar o meu próprio pecado Quero morrer do meu próprio veneno Quero perder de vez tua cabeça Minha cabeça perder teu juízo Quero cheirar fumaça de óleo diesel Me embriagar até que alguém me esqueça

Por Chico Buarque

Salmos, SL, 104:32, Com só olhar para a terra, ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas fumegam.

Por Salmos, Antigo Testamento

Salmos, SL, 142:7, Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem.

Por Salmos, Antigo Testamento