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Não penses. Que raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se, como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta. Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não penses, que é sacrilégio.
Por Vergílio FerreiraLevítico, LV, 25:30, Se, depois de passado um ano, não for resgatada, então a casa que estiver na cidade que tem muralhas pertencerá em definitivo ao que a comprou, de geração em geração; não sairá do poder dele no Jubileu.
Por Levítico, Antigo TestamentoII Samuel, 2SM, 9:11, Ziba disse ao rei: - Farei tudo o que o rei, meu senhor, ordena a este seu servo. E assim Mefibosete passou a fazer as refeições à mesa de Davi, como um dos filhos do rei.
Por II Samuel, Antigo TestamentoEsdras, ED, 8:27, Além disso, entreguei vinte taças de ouro de oito quilos e meio e dois objetos de bronze lustroso e fino, tão precioso como ouro.
Por Esdras, Antigo TestamentoAqui onde se espera... Sempre um lenço de despedida... Em alma que flutua... Na luz órfã do dia... São certos os abismos... Escondendo os perigos... Da mentira que roda e enlaça... Sufocando toda graça... Do falso amor sentido... Descobre-se impaciente os recados... Sentado à mesa dum café passado... Pega-se pensando e quando socorreste o miserável... Percebesse estar só e só ter criado embaraços... Talvez não suspeites... Que na verdade nenhum lugar ocupastes... Apenas distraites... Com o que não te pertences... Na escuridão que procura e adormece... Rolando o leito que se aquece... Nenhum conhecido que tivesse... O amor que o pegue criado... Terra assombrada que lhe é devida... Cuja vida é água a correr... Para a fronteira fechada... Enganando-se a sofrer... Aproveitar o tempo... Tirar da alma os bocados... Antes só... Que mal acompanhado... Sandro Paschoal Nogueira
Por Sandro Paschoal NogueiraEu descobri muito cedo que a melhor maneira de se destacar na multidão era escolher a multidão certa para se destacar.
Por A Verdade sobre o Caso Harry QuebertA minha poesia é assim como uma vida que vagueia pelo mundo, por todos os caminhos do mundo, desencontrados como os ponteiros de um relógio velho, que ora tem um mar de espuma, calmo, como o luar num jardim nocturno, ora um deserto que o simum veio modificar, ora a miragem de se estar perto do oásis, ora os pés cansados, sem forças para além. Que ninguém me peça esse andar certo de quem sabe o rumo e a hora de o atingir, a tranquilidade de quem tem na mão o profetizado de que a tempestade não lhe abalará o palácio, a doçura de quem nada tem a regatear, o clamor dos que nasceram com o sangue a crepitar. Na minha vida nem sempre a bússola se atrai ao mesmo norte. Que ninguém me peça nada. Nada. Deixai-me com o meu dia que nem sempre é dia, com a minha noite que nem sempre é noite como a alma quer. Não sei caminhos de cor.
Por Fernando Namora