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CARÊNCIA REBORN Demétrio Sena - Magé O que menos vejo em supostas mães de bebês reborn é motivo para rir. Tal assunto é sério; de saúde pública. Oposto aos que levam para o campo da personalidade, este leigo em assuntos de saúde ou doença emocional não teme dizer que há muita gente íntegra, de boa fé, culta, inteligente que está apegada aos bonecos como se a filhos e até netos. Se não tenho diagnóstico médico para esse caso, posso pelo menos prescrever uma receita humana capaz de ajudar um pouco a essas pessoas. Ela concentra em sua fórmula, ombro amigo, atenção, ouvidos desarmados e nenhum julgamento. E se nada disso resolver, o que é possivel, quem foi capaz de se doar a tal ponto já terá oferecido um oásis no deserto afetivo dessas pessoas, sejam elas solitárias fisicamente ou não. Se vamos dar conselhos às "mães" (e até aos "pais") de bebês reborn, que não sejam conselhos pejorativos; desses que desqualificam a inteligência ou as capacidades cognitivas delas. Muito menos a índole pessoal. O caráter. Ninguém conhece as angústias, o tamanho real da solidão, nem faz a menor ideia dos abalos estruturais por um possível trauma. Da confusão interna de quem chegou a tal ponto. Talvez não possamos fazer mais nada por alguém que sofre dessa carência tão profunda e doentia. Entretanto, se já é falha de caráter nossa, não tentar fazer algo para dar algum apoio, não termos nem respeito só pode levar a uma conclusão: nós também estamos necessitados de ajuda. Também estamos profundamente doentes... e sem bonecos. ... ... ... Respeite autorias. É lei
Por Demétrio Sena - MagéAcho isto engraçado, a ideia de que as histórias de amor que acabam mal podem ser curadas na farmácia.
Por François TruffautO que eu sofri por esse amor, talvez Não compreendeste e se eu disser não crês Depois de derramado, ainda soluçando Tornei-me alegre, estou cantando
Por CartolaLembro que eu não queria e você perguntou Quer dançar? Mostrando como seria primeiro pisou no meu pé Sentindo dor e alegria eu fui me deixando levar Enquanto me conduzia já estava mostrando quem é Vi com o tempo passando que sua mania é pisar Eu fico pensando: Seu eu não queria, eu dancei de mané
Por Guidi VieiraA amizade exige autenticidade. Eu posso ser de um jeito que você não gosta, mas fica nítido que sou assim para que você possa escolher se continua ou não, sem dissimulação.
Por Mario Sergio CortellaNas asas do amor a alma anseia por voar "para casa", para o mundo das ideias. Ela quer ser libertada da "prisão do corpo"...
Por PlatãoTodos os homens fazem cavernas de sombras para os olhos, Com chapéus e mãos, órbitas, pestanas, testas, Para as delicadas pupilas ousarem olhar para a Luz. Nas terras do norte também, onde a luz não tem sombra, O homem ergue a mão para proteger a vista; É coisa que já vi fazerem no luar forte. Diante de qualquer clarão muito forte, essa mão vigente Corre ao seu posto, fazendo um escuro; Como os do gato, os olhos do homem ficam grandes e suaves de noite. São olhos novos, ainda não habituados a ver. Absorvendo facetas, individuais, Ainda sem habilidade para os usarem redondos e certos. Pensem: animais de quatro nós éramos, baixos, Com o olhar horizontal bem guardado Daquela claridade vibrante, chamejante de arder os olhos. Porém tinha de vir esse dia inevitável: Um animalzinho valente ergueu a pata ao galho, Puxou-se para cima - e cambaleou à sua altura. Nossos bebês humanos nos mostraram como foi. Eles escalam; nós, vigilantes, Deixamos que aprendam a loucura de seu susto. Naquela primeira aventura, a luz desceu em saudação, De igual a igual, um faiscar na mente, E o animal pensou ser "anjo" - como bem podíamos. Uma pata, livre da terra, agarrava-se ao galho liso; A outra, liberta, esperava, enquanto os olhos Erguiam-se afinal ás aves e nuvens voando. E assim ele se equilibrou ali, um animal de pé. E o anjo, poupando o que ele mal ganhara, Levantou aquela mão inerte para proteger sua vista, Naquele gesto mais comum que é feito. O homem não pode olhar diretamente para o sol. (Roteiro para um passeio ao inferno)
Por Doris LessingAs pessoas que mais nos encantam são aquelas que aparecem de repente. Que nos tiram o fôlego. Que nos fazem rir de qualquer piada. Que não estão ''sempre ali por você'', mas que sempre aparecem no momento certo. Que não te ligam todos os dias, mas que quando ligam seu coração vai a boca. São aquelas pessoas que você olha e pensa ''como é que eu fui me apaixonar por você hein??''.
Por Isabela Freitas