Veja outros textos inspiradores!

O segredo da felicidade não consiste sempre em fazer o que se quer, mas querer o que se faz.

Por Leon Tolstói

Isaías, IS, 30:15, Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: ´Na conversão e no descanso está a salvação de vocês; na tranquilidade e na confiança reside a força de vocês. Mas vocês não quiseram.

Por Isaías, Antigo Testamento

Deuteronômio, DT, 32:11, Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas,

Por Deuteronômio, Antigo Testamento

Mas será possível, eu devo estar meio sensível, lembrei de tudo Lembrei de ontem, lembrei do nosso tempo tão curto, tempo tão solto Tempo tão, tão irreversível Pra nós nada é impossível Girar esse mundo todo ao contrário no anti-horário Tão necessário estar

Por Elana Dara

Josué, JS, 15:33, Na Sefelá, as cidades eram Estaol, Zorá, Asná,

Por Josué, Antigo Testamento

II Samuel, 2SM, 2:15, Então se levantaram e avançaram em igual número: doze de Benjamim, da parte de Isbosete, filho de Saul, e doze dos homens de Davi.

Por II Samuel, Antigo Testamento

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de vinho do Porto, dizer a minha neta: - Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado, sente-se aqui do meu lado. Tenho umas coisas para te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto: - O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus anos, quero dividir com você. Por isso, vou colocar mais ou menos assim: - É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre o seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação. Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você. Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas viaje… Vá a Fernando de Noronha, ao Pantanal… Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos. Não corra o risco de envelhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito…”. Tenha uma vida rica de vida. E de verdade, acima de tudo! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. E tome sempre conta da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque, sim, as pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários. Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de otimizar os genes da reprodução, sugere que procure alguém diferente… Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão. Se o casamento não der certo opte pela vida. Faça do fogão, do pente, da caneta e do papel seus instrumentos de criação. Leia, pinte, desenhe, escreva. E, por favor, dance, dance, dance até o fim, senão por você, o faça por mim. Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam e sempre o farão. Cultive os bons amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor. Não cultive as mágoas – porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinxa. Era isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: - Como vai você?

Por Tumblr

Minha criança Peço licença para falar na minha criança, a que mora aqui dentro e não me abandonará jamais. Talvez com a morte eu até regresse a ela. Os quase setenta anos que dela me separam não a removem. Ela ali está, magra e tímida, a me olhar e ditar comportamentos e reações. Minha criança esteve em todos os meus filhos e aparece no meus sete netos. Ela se refaz da morte da irmã e abre os olhos para o mundo, com a certeza de que veio ao mundo para alguma missão, embora sempre se considere inferior ao tamanho da mesma. Minha criança sente enorme saudade de pai e da mãe com quem o adulto já não conta salvo no exemplo, na saudade e nas orações quando me domina uma fugidia sensação de estarem, incorpóreos, a meu lado, mas sem se manifestarem. Minha criança possui incomensuráveis solidões diante do mistério do infinito. Ainda recua diante do violento, embora não o tema, e ainda se infiltra em episódios de distração e inocência inexplicáveis num homem com minha carga de vivências. Minha criança ainda gosta de abraço caloroso, proteções misteriosas e de um modo de rezar que o adulto nunca mais conseguiu tais a entrega e a total confiança no mistério e na proteção de Deus. Minha criança carrega o melhor de mim, é portadora de meu modo triste de falar de coisas alegres e de algum susto misterioso sempre que se lhe impõe alguma expectativa d enfermidade. Minha criança é inteira, mansa, bondosa e linda. Eu a amo, preservo, e dou boas gargalhadas quando a vejo infiltrar-se nas graves decisões de algumas de minhas responsabilidades adultas. Ninguém a vê, salvo eu. Ninguém a acaricia, salvo eu, que a estimo, procuro e admiro mais a cada dia e com quem converso histórias infinitas, que somente a imaginação pode conceber no universo maravilhoso da fabulação interior e solitária. Diariamente passeio com minha criança e estou muito feliz por cumprimentá-la, levar-lhe balas, nuvens, aquele cão da meninice, as canções de minha mãe e os carinhos de meu pai, levar-lhe os presentes que ganhava de meu padrinho e toda a enorme vontade de Ser que então adivinhava para a minha vida. Vida que chegou, ameaça passar, e da qual não me arrependo. Minha criança adivinhou em seus sonhos o adulto que eu queria ser. E traz alegria e esperanças à minha idade atual. Hoje sou, há muito tempo, o adulto que sonhei ser. Talvez com menos tensões, mas igualzinho em meu modo de amar a vida.

Por Artur da Távola

Números, NM, 32:25, Então os filhos de Gade e os filhos de Rúben disseram a Moisés: - Nós, seus servos, faremos o que nos foi ordenado.

Por Números, Antigo Testamento

Faz-de-conta Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: faz-de-conta que eu te odeio. Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: faz-de-conta que te amo. Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: faz-de-conta que dou conta do recado. Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: faz-de-conta que não quero. Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: faz-de-conto que me importo. Jogo uma perna pro alto, a outra pro lado, faço cara de gostosa, os cabelos escorridos na rosto, me retorço, gemo, sussurro, grito e poso: faz-de-conta que eu gozo. Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro. Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: faz-de-conta que eu entendo. Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: faz-de-conta que eu cozinho. Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: faz-de-conta que não dói.

Por Martha Medeiros