Veja outros textos inspiradores!

João, JO, 10:22, Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação. Era inverno.

Por João, Novo Testamento

Jeremias, JR, 14:8, Ó Esperança de Israel e Redentor do teu povo no tempo da angústia, por que serias como estrangeiro na terra e como viajante que fica só uma noite?

Por Jeremias, Antigo Testamento

POR QUE TE AMO Te amo te amo de uma maneira inexplicável de uma forma inconfessável de um modo contraditório Te amo Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos e mudar de humor continuadamente pelo que você já sabe o tempo a vida a morte Te amo Te amo, com o mundo que não entendo com as pessoas que não compreendem com a ambivalência de minha alma com a incoerência dos meus atos com a fatalidade do destino com a conspiração do desejo com a ambiguidade dos fatos ainda quando digo que não te amo, te amo até quando te engano, não te engano no fundo levo a cabo um plano para amar-te melhor. Te amo Te amo, sem refletir, inconscientemente irresponsavelmente, espontaneamente involuntariamente, por instinto por impulso, irracionalmente de fato não tenho argumentos lógicos nem sequer improvisados para fundamentar este amor que sinto por ti que surgiu misteriosamente do nada que não resolveu magicamente nada e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada, melhorou o pior de mim Te amo Te amo com um corpo que não pensa com um coração que não raciocina com uma cabeça que não coordena Te amo Te amo incompreensivelmente sem perguntar-me porque te amo sem importar-me porque te amo sem questionar-me porque te amo Te amo simplesmente porque te amo eu mesmo não sei por que te amo

Por Pablo Neruda

Isaías, IS, 1:14, As Festas da Lua Nova e as solenidades, a minha alma as odeia; já são um peso para mim; estou cansado de suportá-las.`

Por Isaías, Antigo Testamento

Colossenses, CL, 3:10, e se revestiram da nova natureza que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que a criou.

Por Colossenses, Novo Testamento

A arte não pode ser política, nem sujeição social, nem glosa duma ideia que faz época; nem mesmo pode estar de qualquer forma aliada ao conceito «progresso». É algo mais. É o próprio alento humano para lá da morte de todas as quimeras, da fadiga de todas as perguntas sem solução.

Por Agustina Bessa-Luís

Salmos, SL, 67:5, Louvem-te os povos, ó Deus! Louvem-te os povos todos!

Por Salmos, Antigo Testamento

Hoje, a nuvem é a metáfora central da internet: um sistema global de grande potência e energia que ainda assim retém a aura do numenal e do numinoso, algo quase impossível de entender. Nós nos conectamos à nuvem; trabalhamos na nuvem; guardamos coisas na nuvem e recuperamos coisas dela; pensamos pela nuvem. Pagamos pela nuvem e só a notamos quando ela não funciona. É algo que vivenciamos o tempo todo sem entender de fato o que é e como funciona. Estamos nos treinando para depender da nuvem apenas a partir de uma noção nebulosa do que se confia a ela e o que se confia que ela vai fazer.

Por James Bridle

Nem a ciência, nem as artes, nem mesmo o dinheiro, nem o amor, poderiam ja dar um gosto interno e real as nossas almas saciadas. Todo o prazer que extraía de criar, estava esgotado. Só restava, agora, o divino prazer de destruir.

Por Eça de Queirós

Hino ao crítico Da paixão de um cocheiro e de uma lavadeira Tagarela, nasceu um rebento raquítico. Filho não é bagulho, não se atira na lixeira. A mãe chorou e o batizou: crítico. O pai, recordando sua progenitura, Vivia a contestar os maternais direitos. Com tais boas maneiras e tal compostura Defendia o menino do pendor à sarjeta. Assim como o vigia cantava a cozinheira, A mãe cantava, a lavar calça e calção. Dela o garoto herdou o cheiro de sujeira E a arte de penetrar fácil e sem sabão. Quando cresceu, do tamanho de um bastão, Sardas na cara como um prato de cogumelos, Lançaram-no, com um leve golpe de joelho, À rua, para tornar-se um cidadão. Será preciso muito para ele sair da fralda? Um pedaço de pano, calças e um embornal. Com o nariz grácil como um vintém por lauda Ele cheirou o céu afável do jornal. E em certa propriedade um certo magnata Ouviu uma batida suavíssima na aldrava, E logo o crítico, da teta das palavras Ordenhou as calças, o pão e uma gravata. Já vestido e calçado, é fácil fazer pouco Dos jogos rebuscados dos jovens que pesquisam, E pensar: quanto a estes, ao menos, é preciso Mordiscar-lhes de leve os tornozelos loucos. Mas se se infiltra na rede jornalística Algo sobre a grandeza de Puchkin ou Dante, Parece que apodrece ante a nossa vista Um enorme lacaio, balofo e bajulante. Quando, por fim, no jubileu do centenário, Acordares em meio ao fumo funerário, Verás brilhar na cigarreira-souvenir o Seu nome em caixa alta, mais alvo do que um lírio. Escritores, há muitos. Juntem um milhar. E ergamos em Nice um asilo para os críticos. Vocês pensam que é mole viver a enxaguar A nossa roupa branca nos artigos?

Por Vladimir Maiakóvski