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Transformar 100 dólares em 110 é trabalho. Transformar 100 milhões de dólares em 110 milhões é inevitável.
Por Edgar BronfmanLuta-se e morre-se por um ideal. (...) mas não se deixam morrer, matar, assim, animalmente, pelos ideais alheios.
Por Antonieta de BarrosMateus, MT, 22:29, Jesus respondeu: <J> - O erro de vocês está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus.</J>
Por Mateus, Novo TestamentoE, de fato, lá se vão quase sete anos de crimes na Argélia e nem um único francês foi levado a um tribunal da Justiça francesa pelo assassinato de um argelino.
Por Frantz FanonMarcos, MC, 9:43, <J>E, se a sua mão</J> <J>leva você a tropeçar, corte-a; pois é melhor você entrar aleijado na vida do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga</J>
Por Marcos, Novo TestamentoUm sentimento saudável de inferioridade não é resultante da comparação com os outros; e sim da comparação do eu com o eu ideal.
Por A coragem de não agradarAlcancei o topo, mas cheguei tão tomada pela exaustão, que o que eu mais queria perdeu o sentido. A dificuldade é uma tortura, mas a facilidade é broxante. Nos perdemos, quando o esforço não se faz mais necessário
Por Carla FernandesIsaías, IS, 66:4, assim eu lhes escolherei o castigo e farei vir sobre eles o que eles temem. Porque clamei, e ninguém respondeu; falei, e não escutaram, mas fizeram o que era mau aos meus olhos e escolheram aquilo em que eu não tenho prazer.`
Por Isaías, Antigo TestamentoA gente não tem como saber se vai dar certo. Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato -- pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito. Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente -- você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes? Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira. Ou duas. Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada. Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas -- mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço. Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz. Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não? Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos. Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte -- quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar. Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo -- o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão --, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto.
Por Antonio Prata