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Ao toque do amor, todo homem se torna um poeta.

Por Platão

Deuteronômio, DT, 20:12, Porém, se eles não fizerem paz com vocês, mas declararem guerra, então vocês devem sitiar a cidade.

Por Deuteronômio, Antigo Testamento

Lira do amor romântico Ou a eterna repetição Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem. Os peixinhos responderam: Quem tem amor tem coragem. Atirei um limão n’água e caiu enviesado. Ouvi um peixe dizer: Melhor é o beijo roubado. Atirei um limão n’água, como faço todo ano. Senti que os peixes diziam: Todo amor vive de engano. Atirei um limão n’água, como um vidro de perfume. Em coro os peixes disseram: Joga fora teu ciúme. Atirei um limão n’água mas perdi a direção. Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão! Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho. Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho. Atirei um limão n’água, o rio logo amargou. Os peixinhos repetiram: É dor de quem muito amou. Atirei um limão n’água, o rio ficou vermelho e cada peixinho viu meu coração num espelho. Atirei um limão n’água mas depois me arrependi. Cada peixinho assustado me lembra o que já sofri. Atirei um limão n’água, antes não tivesse feito. Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito. Atirei um limão n’água, fez-se logo um burburinho. Nenhum peixe me avisou da pedra no meu caminho. Atirei um limão n’água, de tão baixo ele boiou. Comenta o peixe mais velho: Infeliz quem não amou. Atirei um limão n’água, antes atirasse a vida. Iria viver com os peixes a minh’alma dolorida. Atirei um limão n’água, pedindo à água que o arraste. Até os peixes choraram porque tu me abandonaste. Atirei um limão n’água. Foi tamanho o rebuliço que os peixinhos protestaram: Se é amor, deixa disso. Atirei um limão n’água, não fez o menor ruído. Se os peixes nada disseram, tu me terás esquecido? Atirei um limão n’água, caiu certeiro: zás-trás. Bem me avisou um peixinho: Fui passado pra trás. Atirei um limão n’água, de clara ficou escura. Até os peixes já sabem: você não ama: tortura. Atirei um limão n’água e caí n’água também, pois os peixes me avisaram, que lá estava meu bem. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente. Senti que os peixes diziam: Hás de amar eternamente.

Por Carlos Drummond de Andrade

João, JO, 5:18, Por isso, os judeus cada vez mais queriam matá-lo, porque além de desrespeitar o sábado, também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

Por João, Novo Testamento

⁠As vezes nos pegamos em lugares que nunca imaginávamos que estaríamos, fazemos coisas que juramos que nunca iríamos fazer, e ficamos sem acreditar como nossas vidas tomaram rumos tão diferentes e de como chegamos até ali. O passado ele não volta, o arrependimento não mudam as coisas, o que nos resta é seguir em frente e traçar novos caminhos, focando em onde se quer chegar e não se abalar com os desvios e tropeços no caminho. Só simplesmente seguir!

Por Rhuanna W.S.

SONETO DO DESMANTELO AZUL Então, pintei de azul os meus sapatos por não poder de azul pintar as ruas, depois, vesti meus gestos insensatos e colori as minhas mãos e as tuas, Para extinguir em nós o azul ausente e aprisionar no azul as coisas gratas, enfim, nós derramamos simplesmente azul sobre os vestidos e as gravatas. E afogados em nós, nem nos lembramos que no excesso que havia em nosso espaço pudesse haver de azul também cansaço. E perdidos de azul nos contemplamos e vimos que entre nós nascia um sul vertiginosamente azul. Azul.

Por Carlos Pena Filho

Jó, JÓ, 8:21, Ele encherá a sua boca de riso e os seus lábios de alegria.

Por Jó, Antigo Testamento

É muito mais fácil errar com todo mundo que acertar sozinho.

Por Daniel Dantas

Ele sentia a escuridão na pele, como uma promessa. Como um manto tecido por liberdade e perigo.

Por Cornelia Funke

Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo, Espécie de acessório ou sobressalente próprio, Arredores irregulares da minha emoção sincera, Sou eu aqui em mim, sou eu. Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou. Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma. Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

Por Álvaro de Campos