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Sua religião é mesmo religião? Se você espera a recompensa na vida eterna, você tem religião. Se você espera recompensas nesta vida, você tem superstição diabólica.⁠

Por Italo Marsili

Ontem e anteontem eram iguais, ele não mais sabia distingui-los; um acontecimento de três dias antes ou de vinte acabava por parecer-lhe igualmente distante. Assim se dava, à sua revelia, a fuga do tempo.

Por Dino Buzzati

II Crônicas, 2CR, 14:7, Ele disse a Judá: - Vamos construir estas cidades, cercá-las de muralhas e torres, portões e ferrolhos, enquanto a terra ainda está em paz diante de nós, pois temos buscado o Senhor, nosso Deus. Nós o temos buscado, e ele nos deu repouso por todos os lados.

Por II Crônicas, Antigo Testamento

Quem pensa que sentar na igreja pode fazer de você um cristão também deve pensar que sentar em uma garagem pode torná-lo um carro.

Por Garrison Keillor

⁠"⁠Bonedog" Voltar pra casa é terrível, quer os cães lambam o seu rosto ou não. Se você tem uma esposa ou apenas solidão em forma de esposa esperando você, voltar para casa é terrivelmente solitário. De tal modo que você pensará na opressora pressão barométrica lá de onde acabou de voltar com afeição, pois tudo é pior após chegar em casa. Você pensa nas pragas grudadas nos talos da grama, longas horas na estrada, assistência rodoviária e sorvetes e as formas peculiares de certas nuvens e silêncios com nostalgia, porque você nem queria voltar. Voltar para casa é... simplesmente horrível. E os silêncios caseiros e nuvens não ajudam em nada, além do mal-estar geral. Nuvens, do jeito que elas são, são de fato suspeitas e feitas de um material diferente, do que daquelas que você deixou para trás. Você mesmo foi cortado de um outro pano nublado, devolvido, remanescente, malfadado pelo luar, infeliz por estar de volta, esgarçado em todos os pontos errados, um terno desfiado, maltrapilho, surrado. Volta pra casa, aterrissado da lua, forasteiro. A força gravitacional da terra, um esforço agora redobrado, desamarrando seus cadarços e os seus ombros, entalhando mais fundo a estrofe de suas preocupações em sua testa. Você volta para casa afundado, um poço ressecado ligado ao amanhã por um frágil fio de... Enfim. Você suspira no massacre de dias idênticos, que é melhor aceitar, de uma vez. Bem... enfim, você voltou. O sol sobe e desce como uma puta cansada. O clima imóvel como um membro quebrado, enquanto você não para de envelhecer. Nada se move, além das marés de sal no seu corpo. Sua visão embaça, você carrega o seu clima com você, a grande baleia azul, uma escuridão esquelética. Você retorna, com uma visão de raio x, seus olhos se tornaram famintos. Você volta pra casa, com seus dons mutantes, para uma casa óssea. Tudo o que você vê agora, é tudo... osso. (Poema Bonedog, de Eva H.D.)

Por Estou Pensando em Acabar com Tudo

O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem.

Por Georges Courteline

Lucas, LC, 16:12, <J>Se vocês não são fiéis na aplicação do que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês?</J>

Por Lucas, Novo Testamento

A semana inteira fiquei esperando Pra te ver sorrindo Pra te ver cantando

Por Tim Maia

Eros e Psique Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada. Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa adormecida, Se espera, dormindo espera, Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado, Ele dela é ignorado, Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o destino Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora, E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era A Princesa que dormia.

Por Fernando Pessoa

⁠Não terem acordado ao lado do objeto amado, não terem iniciado os gestos ou as palavras do amor não amputou a paixão. Amaram na presença e na ausência. É assim que se faz.

Por Isabela Figueiredo