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O objetivo da individuação é nada menos que despir o self dos falsos invólucros da persona, por um lado, e do poder sugestivo de imagens primordiais, pelo outro.
Por Carl Gustav JungEra uma vez o Amor Das belas cartas escritas Das poesias dos antigos poetas,dos românticos de um tempo distante,esquecidos nos livros que um dia, Folheados por certos amantes O amor virou lenda Histórias de um conto infantil As cartas,as flores,poemas De um passado que um dia existiu
Por Edmar Charles de MeloHá tanto mais que o corpo pode sentir. E você sentirá tudo antes de terminarmos.
Por Hellraiser (2022)Da criança de cinco anos até mim, é apenas um passo. Mas do bebê recém-nascido até a criança de cinco anos, a distância é espantosa.
Por Leon TolstóiCântico dos Cânticos, CT, 3:6, O que é aquilo que vem subindo do deserto, como colunas de fumaça, perfumado de mirra, de incenso e de todos os tipos de pós aromáticos do mercador?
Por Cântico dos Cânticos, Antigo TestamentoDeuteronômio, DT, 18:6, - Se um levita que estiver morando em qualquer das cidades de todo o Israel vier com todo o desejo da sua alma ao lugar que o Senhor escolheu,
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoAmor é enigma? Optar é renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento. Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver. Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes. O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver. Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede". Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade. O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas. Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma. É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração. Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma. Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas. E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo. Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora. Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento. O contrário não é viver: é durar.
Por Artur da Távola