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Se eu me apaixonar, vê se não vai debochar da minha confusão, uma vez me apaixonei e não foi o que pensei estou só desde então... Se eu me entregar total, meu medo é você pensar que eu sou superficial... Se eu não fizer amor assim sem mais... Se você brigar e for correndo atrás de alguém, não vou suportar a dor de ver, que eu perdi mais uma vez meu amor... Mas se eu sentir que nós estamos juntos, longe ou a sós no mundo e além pode crer que tudo bem, o amor só precisa de nós dois mais ninguém... Se você quiser ser meu namoradinho e me der o seu carinho sem ter fim Pra você eu digo sim!
Por Rita LeeHabacuque, HC, 3:13, Tu sais para salvar o teu povo, para salvar o teu ungido. Feres o chefe da casa dos ímpios, deixando-o descoberto dos pés à cabeça.
Por Habacuque, Antigo TestamentoMyrtho Myrtho, divina, invoco a ti que encantos lanças, Ao Pausílipo altivo em mil fogos luzente, Em tua fronte imersa em brilhos do Oriente, E uvas negras mescladas a esse ouro das tranças. Também em tua taça eu bebi inconsciência, E no clarão furtivo em teu olho ridente, Enquanto aos pés de lacos vêm-me reverente, Pois a Musa me fez como um filho da Grécia. Sei porque lá adiante está o vulcão aberto… Foi porque ontem tocaste-o com o pé intranquilo, E de súbito em cinzas o horizonte incerto. Desde que um duque destruiu deuses de argila, Sempre, sob as ramagens, louros de Virgílio, Uniu-se a hortênsia pálida à mirtácea verde!
Por Gérard de NervalI Crônicas, 1CR, 1:42, Os filhos de Eser foram: Bilã, Zaavã e Jaacã. Os filhos de Disã foram: Uz e Arã.
Por I Crônicas, Antigo TestamentoA palavra escrita, ensinou-me a escutar a voz humana, assim como as grandes atitudes imóveis das estátuas, me ensinaram a apreciar os gestos.
Por Marguerite Yourcenareu, a amada eu, a sábia eu, a traída agora finalmente estou renunciando ao pacto rasgo o contrato devolvo a fita me vendeu gato por lebre paródia por filme francês a atriz coadjuvante é uma canastra a cena da queda é o mesmo castelo de cartas o herói chega dizendo ter perdido a chave a barba de mais de três dias
Por Hilda MachadoSem exagero, não há nas bibliotecas deste mundo, não há nos pisos deste chão, não há na lucidez das minhas loucuras e muito menos na imensidão das suas ausências, nada nem ninguém capaz de entender o silêncio dos meus poemas com a mesma delicadeza dos seus olhos. Eles têm o privilégio de ler as entrelinhas de cada verso, e por ali ficar por horas e horas e dias e dias, até adormecerem num sonho confuso e denso – como são os sonhos dos que amam e não podem se entregar. E eles nunca se fecham porque precisam de vida para morrer, e também precisam se alimentar dessa poesia para continuar a brilhar e a sentir saudades e a mentir verdades. Por isso serão sempre densos, tensos e imensos. Já, meus poemas têm a necessidade de buscar nos seus traços o formato de cada letra e o compromisso de catar em suas mãos as palavras mais imperfeitas – aquelas que nunca foram versificadas – e ver se cada "eu te amo" gritado silenciosamente pelos seus lábios finos consegue me acolher sem dentes, sem me deixar sofrer e só me fazer enxergar o que há de mais belo no amor: aquilo que não se diz. Meus poemas também têm a obrigação de contar nos seus dedos todas as vezes que eu não pude ouvir o tom da sua voz tão deliciada dizer que sente a minha falta. E nesse timbre ficar e respirar por meses e meses e rimas e rimas, até adoecerem num sonho doce e triste – como são os sonhos dos que amam e não encontram ninguém para se entregar. E eles nunca se ausentam por muito tempo porque precisam das migalhas da sua presença, dos pedaços mastigados do seu coração e de alguns goles das suas lágrimas para não secarem, sozinhos, como os pontos finais dos breves romances sem final feliz. Por isso também serão sempre densos, tensos e imensos. Saiba que também não sei muito bem o que pode sair da boca e dos poros e das mãos e dos olhos de um homem de carne e osso e sangue e sonhos que se permite acreditar na realidade de vez em quando. E mesmo que nada faça sentido. E mesmo que eu não consiga me expressar com as palavras certas. E mesmo que você não interprete da maneira mais simples meus sentimentos mais complicados, meus desejos mais confusos e minhas mais sinceras verdades sobre você, sobre mim, sobre nós; saiba que aqui, em cada página, em cada erro ou palavra, em cada espaço ou entrelinha, em cada ponto e vírgula, estão os meus mais vivos pensamentos, aqueles que pulsam e vibram cada vez que pensam no que não fomos... Não sei como nem quando surgiu a ideia de começar a te escrever. [página solta de uma carta despedaçada; antônio]
Por Eu me chamo Antônio