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Ano novo, vida velha. A vida é mais do que calendários, fusos ou órbita gravitacional.
Por Carlos Heitor ConyNão busco diversão ou distração, nem o prazer fulgurante do sol ou o brilho cintilante das águas que agradam os mais jovens e bem-humorados. Não sou mais jovem e meu coração, após exaustivos anos de luto pelos mortos, não pulsa mais com alegria. Os muros do meu castelo estão destruídos, vivo cercado por múltiplas sombras e o vento sopra gélido pelas ameias e janelas quebradas. Gosto da penumbra, gosto da atmosfera sombria e desejo, sempre que possível, ficar a sós com os meus pensamentos.
Por Bram StokerI Samuel, 1SM, 15:21, Mas o povo pegou do despojo ovelhas e bois, o melhor do que estava destinado à destruição para oferecer ao Senhor, o seu Deus, em Gilgal.
Por I Samuel, Antigo TestamentoPreocupar-se é ocupar-se previamente com algo que ainda não está acontecendo. Assim, quando o acontecimento se der, estaremos sem a suficiente e necessária energia para enfrentá-lo, pois a mesma foi desperdiçada antes do tempo. Em outras palavras: se nossa mente está presa a lembranças do passado ou a ideias do futuro, não estamos vivos, mas adormecidos, pois a vida se passa no presente, no aqui e agora.
Por Thich Nhat HanhJeremias, JR, 32:44, Comprarão campos por dinheiro, assinarão as escrituras e as fecharão com selos, e chamarão testemunhas, na terra de Benjamim, nos arredores de Jerusalém, nas cidades de Judá, nas cidades da região montanhosa, nas cidades da Sefelá e nas cidades do Sul. Porque eu os trarei de volta do cativeiro, diz o Senhor.
Por Jeremias, Antigo TestamentoI Samuel, 1SM, 22:15, Por acaso foi essa a primeira vez que consultei Deus em favor dele? Não! Que o rei jamais acuse este seu servo, nem ninguém da casa de meu pai, pois este seu servo de nada soube de tudo isso, nem muito nem pouco.
Por I Samuel, Antigo TestamentoO dizido das horas no Sertão por Jessier Quirino Para o sertanejo antigo, O ponteirar do relógio, De hora em hora, a passar, Da escurecença da noite, À solnascença do dia, É dizido, ao jeito deles, No mais puro boquejar: Se diz até que os bichos, Galo, nambu, jumento, Sabe as hora anunciar! Uma hora da manhã, Primeiro canto do galo. Quando chega duas horas, Segundo galo, a cantar. Às três, se diz madrugada, Às quatro, madrugadinha, Ou o galo a miudar! Às cinco, é o cagar dos pintos, Ou, mesmo, o quebrar da barra. Quando é chegada seis horas, Se diz: o sol já de fora, Cor de Crush, foi-se embora… E tome o dia, a calorar! Sete horas da manhã É uma braça de sol. O sol alto é oito em ponto, O feijão tá quase pronto E já borbulha o mungunzá! Sendo verão, ou, se chove, Ponteiro bateu as nove… É hora de almoçar! Às dez é almoço tarde, Pra quem vem do labutar. Se o burro dá onze horas, Diz: quase mei dia em ponto! Às doze é o sol a pino, Ou o pino do meio dia. O suor desce de pia, Sertão quente, de torá! Daí pa frente, o dizido, Ao invés de treze horas, Se diz: o pender do sol. Viração da tarde é duas, Quando é três, é tarde cedo, Às quatro, é detardezinha, Hora branda, sem calor. O sol perde a cor de zinco Quando vai chegando às cinco, Roda do sol… a se por! Às seis é o por do sol, Ou hora da Ave Maria. Dezenove, ou sete horas, Se diz que é pelos cafús. Às oito, boca da noite, Lá pras nove, é noite tarde, Às dez, é a hora velha, Ou a hora da visage! É quando o povo vê alma, Nos escuros do lugar. É horona pirigosa, Fantasmenta e assustosa, Pro cabra se estupefar! Às onze, é o frião da noite, É Sertão velho, a gelar, Meia noite é meia noite E acabou-se o versejar. Mais um dia foi-se embora E, assim, é dizida as horas Neste velho linguajar!
Por Jessier QuirinoPorque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência é não pensar...
Por Fernando Pessoa