Marcelo Viana

A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto de viver acompanhado.

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.

Nota: Trecho da crônica "Hoje eu chorei com o caminhão de gás"

A felicidade entrou com o pé na porta e sentou ao meu lado. Eu não estava mais sozinha esperando o espéculo. O trânsito todo parado e ela acena no carro ao lado, depois morre de vergonha e toma bronca do pai para sentar direito na cadeirinha. O dia meio cinzento, vai-não-vai e de repente ela surge amarela e esquenta a vida. Ela mora numa gaveta cheia de bobeirinhas lá em casa... Ela toma banho comigo quando a água leva embora coisa ruim e renova a alma e dorme ao meu lado quando eu descanso...

⁠Tornando-se assim um instrumento sem vontade própria, o estúpido será capaz de todo o mal e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecer-se mau ou de reconhecer maldade em seus atos. Aqui está o perigo de um abuso diabólico. Como resultado, as pessoas serão destruídas para sempre.

Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar...

Qualquer mudança, mesmo uma mudança para melhor, é sempre acompanhada de inconvenientes e desconfortos.

⁠Sempre fico com medo depois que publico alguma coisa, seja uma frase nas redes sociais, seja um livro. Porque sei que algumas pessoas vão gostar dele e outras não. E eu me importo muito com o que pensam a meu respeito.

Nota: Trecho adaptado de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).

Haja ou não deuses, deles somos servos.

Talvez ser um adulto tenha a ver com tentar acompanhar as coisas.

Quando eu acordo, penso, "O que posso fazer para ajudar os outros?". Acho que todos devemos algo ao mundo.