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Lucas, LC, 4:18, <J>´O Espírito do Senhor</J> <J>está sobre mim,</J> <J>porque ele me ungiu</J> <J>para evangelizar os pobres;</J> <J>enviou-me para proclamar</J> <J>libertação aos cativos</J> <J>e restauração da vista aos cegos,</J> <J>para pôr em liberdade</J> <J>os oprimidos,</J>

Por Lucas, Novo Testamento

Assim como o mal é um bem subnutrido, todo o bem é um mal desenvolvido.

Por Filipe Ret

Êxodo, EX, 18:22, para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a você, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; assim será mais fácil para você, e eles o ajudarão a levar essa carga.

Por Êxodo, Antigo Testamento

Números, NM, 33:19, Partiram de Ritma e acamparam em Rimom-Perez.

Por Números, Antigo Testamento

I João, 1JO, 2:27, Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine. Mas, como a unção dele os ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permaneçam nele, como também ela ensinou a vocês.

Por I João, Novo Testamento

Envelhecer ainda é a única maneira que se descobriu de viver muito tempo.

Por Charles Saint-Beuve

A Velha Amiga Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Isso independente de qualquer recordação de felicidade ou de tristeza, de tempo mais feliz, menos feliz. Saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles. A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais. Queria ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou expirimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Meu Deus, acha-me capaz de atitudes, pensa que eu me rebaixaria a isso? Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova. Mas nós, como é que vamos ter saudades de um trapo velho que não nos cabe mais? Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir. E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos. Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade - mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes. Em que se pesam os valores do mundo por uma balança emocional, com medidas baralhadas; um quilo às vezes vale menos do que um grama; e por essas medida, pode-se descobrir a diferença metafísica que há entre uma arroba de chumbo e uma arroba de plumas. Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos. Ai, um um dos piores tormentos dos jovens é justamente o desapego das coisas, essa instabilidade do querer, a sede do que é novo, o tédio do possuído. E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou. (Crônica publicada no jornal "O Estado de São Paulo" - 13/01/2001)

Por Rachel de Queiroz

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

Por Fernando Pessoa

O que faz você em mim?! Que eu penso tanto em você. O que faz você em mim?! Que é tão impossível te esquecer. O que faz você em mim?! Se até dormindo, eu sonho com você. O que faz você em mim?! Para ter assim, meu coração. O que faz você em mim?! Se toda vez que te vejo, perco a noção. O que faz você em mim?! Que me leva até o céu. O que faz você em mim?! Para eu tanto te desejar.

Por Grazy Amstalden

Sinto-me derrotada pela minha própria corruptibilidade. E vejo que sou intrinsecamente má.

Por Clarice Lispector