Veja outros textos inspiradores!

I Timóteo, 1TM, 3:9, conservando o mistério da fé com a consciência limpa.

Por I Timóteo, Novo Testamento

O mar beija a praia o tanto de vezes que eu queria poder beijar você.

Por João Doederlein

Quando se está apaixonado, é difícil esconder a verdade Eu te conheço melhor do que você pensa Olhando para trás, vejo que deveria ter segurado a língua Mas eu era imatura e jovem

Por Lauren Spencer-Smith

Levítico, LV, 22:33, que os tirei da terra do Egito, para ser o Deus de vocês. Eu sou o Senhor.

Por Levítico, Antigo Testamento

O tédio é mais perigoso do que as balas.

Por Infiltrado (filme)

Talvez uma criatura precise ser suficientemente inteligente para perder a cabeça.

Por Josh Malerman

Deuteronômio, DT, 14:20, Todo ser que tem asas e for puro vocês podem comer.

Por Deuteronômio, Antigo Testamento

Sofonias, SF, 3:1, Ai da cidade opressora, rebelde e manchada!

Por Sofonias, Antigo Testamento

I Coríntios, 1CO, 15:37, E, quando semeia, você não semeia o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente.

Por I Coríntios, Novo Testamento

A Grande Manchete Aproxima-se a hora da manchete. O PETRÓLEO ACABOU. Acabaram as alucinações os crimes, os romances as guerras do petróleo. O mundo fica livre do pesadelo institucionalizado. Atiradores ao lixo motores de combustão interna e lataria colorida, o Museu da Sucata exibe o derradeiro carro carrasco. Tem etiqueta de remorso: “Cansei a humanidade”. Ruas voltam a existir para o homem e as alegrias de estar-junto. A poluição perdeu seu aliado fidelíssimo. A pressa acabou. Acabou, pessoal! o congestionamento, o palavrão, a neurose coletiva. A morte violenta entre ferragens com seu véu de óleo e chamas acabou. Milhões de arvores meninas irrompem do asfalto e da consciência em carnaval de sol. Dão sombras grátis ao papo dos amigos, à doçura do ócio no intervalo do batente, do amor antes aprisionado sob o capô ou esmigalhado pelas rodas, â vida de mil formas naturais. Pessoas, animais, confraternizam: Milagre! Dura 5 (?) minutos a festa da natureza com a cidade. Irrompem formas eletrônicas implacáveis, engenhos teleguiados catapúlticos de máximo poder ofensivo e reconquistam o espaço em que a vida bailava. Recomeça o problema de viver na cidade-problema? De que valeu cantar o fim da gasolina de alta octanagem? Enquanto não vem a formidável manchete vamos curtindo outras manchetinhas a varejo. Vamos curtindo a visão do caos e do extermínio na rua, na foto, no sono atormentado: Mas 400 carros por dia nas pistas que encolhem, encolhem, são apenas enfumaçadas fita de rangidos. Mais loucura, mais palavrão e mais desastre. E lemos Ralph Nader: a cada 10 minutos morre uma pessoa em acidente de carro; a cada 15 segundos sai alguém ferido na pátria industrial dos automóveis. Vamos imitá-la? Vamos vencê-la em desafio de quem mata mais e morre mais? Ou vamos ficar apenas engarrafados sem garrafa no ar poluído e constelado de placa, de sinais que assinalam o grande entupimento? Perguntas estas são mensagem também ela espremida na garrafa que bóia no alto-mar de ondas surdas e cegas à espera do futuro que as responda.

Por Carlos Drummond de Andrade