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#Gente #hipócrita #e #feia... Mentem tanto e a tudo manuseiam... Aranhas asquerosas ... Vida suja em teia... Já não mais me admiro... Só lamento o fato... Sempre quando saio de casa... Fico consternado... É tanta mentira... Que vejo no olhar... Gesticulando demais... Põem-se a gargalhar... Fico só prestando atenção... Querendo chamar a atenção... Estufa o peito o pavão... Pensa que me engana... Acredita nele mesmo... Se achando espertalhão... A matrona, por sua vez, tenta disfarçar... Sua língua é guizo de cascavel... Batendo na boca até o céu... A chocalhar... Com voz meiga... Fazendo-se de ingênua... Cheia de trejeitos e afins... Odalisca de botequins... É uma bela viola... Mas por dentro... Com certeza... Pão bichado, bolorento... Incautos acreditam... Em qualquer promessa vã... Gente boba... Retardada... Querem... Precisam... Se enganar... Penso eu cá comigo... Só existem espertos... Enquanto tolos estiverem perto... Um sorriso nos lábios... Pego rapidinho meu caminho... Saio de fininho... Não sou grande coisa... Mas também pequena não sou... Se com porco eu ando... Farelo também vou comer... Não gosto dessa ração... Então... É melhor eu me abster... Sandro Paschoal Nogueira
Por Sandro Paschoal NogueiraObserve-o, não o acostume ao senhor, mas, ao contrário, o senhor que se acostume a ele, e deixe-o em paz, até ganhar sua confiança.
Por Gabriel García MárquezO verdadeiro herói é imperfeito. O verdadeiro teste para um campeão não está na sua capacidade de triunfar, mas na de superar obstáculos – de preferência criados por ele mesmo – a fim de triunfar.
Por Garth Stein"O homem impunha a espada para proteger o pequeno ferimento em seu coração sofrido, de um tempo distante, além da lembrança. O homem impunha a espada para que possa morrer sorrindo, em algum tempo distante, além da percepção."
Por Kentaro MiuraEspero estar motivando um exercito de jovens brasileiros a se ultrapassarem! Sei que podem, pois eu fiz.
Por Eike BatistaNATAL Sino, claro, sino Tocas para quem? Para o Deus-Menino, que de longe vem! Pois se O encontrares, traze-Lo ao Meu Amor E o que lhe ofereces, Velho Pescador? Minha Fé cansada... meu Vinho, meu Pão! Meu Silêncio Limpo... Minha Solidão!
Por Carlos Pena FilhoResíduo De tudo ficou um pouco Do meu medo. Do teu asco. Dos gritos gagos. Da rosa ficou um pouco Ficou um pouco de luz captada no chapéu. Nos olhos do rufião de ternura ficou um pouco (muito pouco). Pouco ficou deste pó de que teu branco sapato se cobriu. Ficaram poucas roupas, poucos véus rotos pouco, pouco, muito pouco. Mas de tudo fica um pouco. Da ponte bombardeada, de duas folhas de grama, do maço - vazio - de cigarros, ficou um pouco. Pois de tudo fica um pouco. Fica um pouco de teu queixo no queixo de tua filha. De teu áspero silêncio um pouco ficou, um pouco nos muros zangados, nas folhas, mudas, que sobem. Ficou um pouco de tudo no pires de porcelana, dragão partido, flor branca, ficou um pouco de ruga na vossa testa, retrato. Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria um pouco de mim? no trem que leva ao norte, no barco, nos anúncios de jornal, um pouco de mim em Londres, um pouco de mim algures? na consoante? no poço? Um pouco fica oscilando na embocadura dos rios e os peixes não o evitam, um pouco: não está nos livros. De tudo fica um pouco. Não muito: de uma torneira pinga esta gota absurda, meio sal e meio álcool, salta esta perna de rã, este vidro de relógio partido em mil esperanças, este pescoço de cisne, este segredo infantil... De tudo ficou um pouco: de mim; de ti; de Abelardo. Cabelo na minha manga, de tudo ficou um pouco; vento nas orelhas minhas, simplório arroto, gemido de víscera inconformada, e minúsculos artefatos: campânula, alvéolo, cápsula de revólver... de aspirina. De tudo ficou um pouco. E de tudo fica um pouco. Oh abre os vidros de loção e abafa o insuportável mau cheiro da memória. Mas de tudo, terrível, fica um pouco, e sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob os túneis e sob as labaredas e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vômito e sob o soluço, o cárcere, o esquecido e sob os espetáculos e sob a morte escarlate e sob as bibliotecas, os asilos, as igrejas triunfantes e sob tu mesmo e sob teus pés já duros e sob os gonzos da família e da classe, fica sempre um pouco de tudo. Às vezes um botão. Às vezes um rato.
Por Carlos Drummond de AndradeA ciência não provou ainda a espiritualidade porque não sabe o lugar onde procurar.
Por Wesley D'Amico