Veja outros textos inspiradores!

Quanto mais se discute Deus, menos somos levados a acreditar nele.

Por Étienne Jodelle

Lucas, LC, 24:46, E disse-lhes: <J> - Assim está escrito que o Cristo tinha de sofrer,</J> <J>ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia,</J>

Por Lucas, Novo Testamento

Daniel, DN, 11:21, Depois, se levantará em seu lugar um homem desprezível, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá de surpresa e tomará o reino, com intrigas.

Por Daniel, Antigo Testamento

A questão toda era que a vadiagem era uma aceitação feliz e passiva da falta de alternativas. Ter alternativas estragava tudo.

Por Lee Child

Números, NM, 1:5, - Estes, pois, são os nomes dos homens que ajudarão vocês: de Rúben, Elizur, filho de Sedeur;

Por Números, Antigo Testamento

⁠O perigo de entrar apaixonadamente no mundo dos livros é o de nos tornarmos, nós próprios, num aglomerado de pequenos excertos literários.

Por Eduardo Halfon

Eu sou a morte, trilhada sob os pés de uma bela dama.

Por John Keats

Cuidado com todas as atividades que requeiram roupas novas.

Por Henry David Thoreau

Isaías, IS, 24:2, O mesmo vai acontecer com todos: com o povo e com o sacerdote; com o servo e com o seu senhor; com a serva e com a sua dona; com o comprador e com o vendedor; com o que empresta e com o que toma emprestado; com o credor e com o devedor.

Por Isaías, Antigo Testamento

A Procura da Poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

Por Carlos Drummond de Andrade