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Investir em inclusão escolar é o que vai educar nossa sociedade para quebrar essa roda da exclusão e incluir as pessoas com deficiência em todos os lugares.
Por Andréa WernerAlvejava de neve outrora a rosa, Nem como agora, doce recendia; Baixo voava Amor sem tento um dia, E na rama espinhosa De sua flor virgínea se feria. Do sangue divina! gota amorosa Da ligeira ferida lhe corria, E as flores da roseira onde caía Tomavam do encarnado a cor lustrosa. Agora formosa A rúbida flor Recorda de Amor A chaga ditosa. Para os braços da mãe voou chorando; Um beijo lhe acalmou penas e ardores: E tão doce o remédio achou das dores, Que Amor só desejou de quando em quando Que assim penando, Com seus clamores Novos favores Fosse alcançando. Súbito voa, pelos ares fende; As rosas viu de sua dor trajadas, E que só de suas glórias namoradas Nada dissessem com razão se ofende: A mão lhe estende, E delicioso Cheiro amoroso Nelas recende. Vós que as rosas gentis buscais, amantes, Nos jardins do prazer, E, em vez da flor, espinhos penetrantes Só chegais acolher, Resignados sofrei, sede constantes, Que a desventura, Que a mágoa e dor Sempre em doçura Converte Amor.
Por Almeida GarrettA Dança/ Soneto XVII Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascendeu da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira, senão assim deste modo em que não sou nem és tão perto que tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Por Pablo NerudaSe eu fosse rebobinar minha biografia afetiva, certamente encontraria: dois tropeções, uma loucura, três teimosias, uma ilusão, uma desistência, quatro bis, duas besteiras, uma escorregada, algumas covardias e vida longa para o romantismo.Sinto-me honrada pelas oportunidades de ter me danado e com isso aprender que preciso aprender. Andemos.
Por Ita PortugalÉ PRECISO SABER DESLIGAR Esqueça o trânsito caótico, a urucubaca política, o tal balancete no final do ano. Deixe de lado a cobrança interna, a dívida externa, a tão eterna dúvida. Viver é assim. Não há como negar. Para ficar ligado é preciso saber desligar. Fácil? Nem tanto. Descobrir qual é o seu tempo é tarefa nobre: exige um grande conhecimento sobre si mesmo. Portanto, esqueça o relógio. Seu tempo está dentro de você. Chega de viver com a ansiedade no colo e o celular na mão. Não deixe a agenda ocupar ? sem querer - o lugar do coração. Respeite sua hora. Desacelere. TURN OFF. Mais do que correr, é preciso saber parar. Não adianta viver no piloto-automático e deixar de sorrir. Nem tirar folga e levar uma enorme culpa dentro da mala. O mundo lá fora exige produtividade e imediatismo. Aqui dentro, corpo e alma pedem menos, muito menos. Como fazer, então, para conciliar tempos tão diferentes? A resposta não está em livros. Mas dentro de cada um. Quer tentar? Respire fundo. Desencane. Perca seu tempo com você!É uma responsabilidade enorme desconectar-se, eu sei. Mas vida ao vivo é pra quem tem coragem. Coragem de arriscar. Cuidado em saber a hora certa de parar. Difícil? Pode ser. É um exercício diário que exige confiança e um amor incondicional por tudo o que somos e acreditamos. Uma aceitação suave dos próprios defeitos, um rir de si mesmo, um desaprender contínuo, um aprender sem fim sobre o que queremos da vida. Não importa se tudo parecer errado e o mundo virar a cara para você. Esqueça. Se esqueça. Hora de se perdoar. RENASÇA. Eu sei pouca coisa da vida, mas uma frase eu sigo à risca: é preciso respeitar o próprio tempo. E eu respeito! Acredito no que diz o silêncio na hora em que a mente cala. E meu silêncio - que não é mudo e também escreve - dita com voz desafiante: confie em si mesma. Quebre a rigidez. Ouse. Brinque. Viva com mais leveza. E - por favor - desligue-se. Só assim você vai transformar vida em letra e letra em vida. E ter coragem e fôlego pra ser VOCÊ, no momento em que o mundo te atropelar sem licença e disser: CHEGOU A HORA!
Por Fernanda MelloIsaías, IS, 59:12, Porque as nossas transgressões se multiplicam diante de ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades.
Por Isaías, Antigo Testamento"Meus ovos estão cheios de leite." Imagine que cada ovo seja uma pequena unidade de potencial, uma semente de possibilidades infinitas. O leite, por sua vez, representa o esforço, o trabalho e o capital intelectual que é derramado naquilo que, à primeira vista, parece limitado e frágil — mas na verdade contém em si o poder de transformação. A questão, porém, é que nem todos os ovos têm a mesma quantidade de leite. Alguns transbordam, enquanto outros estão praticamente secos. Agora pense nos ovos como uma metáfora para os indivíduos em uma sociedade de mercado. Cada pessoa tem dentro de si um "ovo" de potencial, mas a quantidade de leite, que seria o investimento social, educacional e emocional, varia drasticamente. Na teoria liberal idealista, todos os ovos deveriam ter a mesma quantidade de leite, pois, no mercado perfeito, cada indivíduo começa com as mesmas condições. No entanto, quando observamos a realidade, o "leite" é distribuído de maneira desigual. Alguns ovos recebem leite das gerações passadas, enquanto outros são deixados a se quebrar sem jamais serem cheios. Ainda assim, mesmo com essa distribuição desigual de leite, espera-se que todos os ovos quebrem ao mesmo tempo, na mesma direção, com a mesma intensidade, como se o mercado fosse um processo natural que equalizaria os desníveis. Entretanto, sabemos que, na prática, a casca de um ovo não é tão resistente quanto parece. Aqueles que transbordam de leite têm uma pressão interna maior, o que os coloca em vantagem; eles podem explodir em mil possibilidades, enquanto outros se esgotam antes mesmo de rachar. Portanto, "meus ovos estão cheios de leite" representa, em última instância, o paradoxo do mercado ideal: mesmo quando se está cheio de recursos, transbordando de potencial, ainda há a expectativa de que todos competirão de igual para igual, como se o peso do leite não fizesse diferença.
Por Joseph Stalin