Veja outros textos inspiradores!
A Irreparável Fuga do Tempo Justamente aquela noite iria começar para ele a irreparável fuga do tempo. Até então ele passara pela despreocupada idade da primeira juventude, uma estrada que na meninice parece infinita, onde os anos escoam lentos e com passo leve, tanto que ninguém nota a sua passagem. Caminha-se placidamente, olhando com curiosidade ao redor, não há necessidade de se apressar, ninguém empurra por trás e ninguém espera, também os companheiros procedem sem preocupações, detendo-se frequentemente para brincar. Das casas, a porta, a gente grande cumprimenta-se benigna e aponta para o horizonte com sorrisos de cumplicidade; assim o coração começa a bater por heroicos e suaves desejos, saboreia-se a véspera das coisas maravilhosas que aguardam mais adiante; ainda não se veem, não, mas é certo, absolutamente certo, que um dia chegaremos a elas. Falta muito? Não, basta atravessar aquele rio lá longe, no fundo, ultrapassar aquelas verdes colinas. Ou já não se chegou, por acaso? Não são talvez estas árvores, estes prados, esta casa branca o que procurávamos? Por alguns instantes tem-se a impressão que sim, e quer-se parar ali. Depois ouve-se dizer que o melhor está mais adiante, e retoma-se despreocupadamente a estrada. Assim, continua-se o caminho numa espera confiante, e os dias são longos e tranquilos, o sol brilha alto no céu e parece não ter mais vontade de desaparecer no poente. Mas a uma certa altura, quase instintivamente, vira-se para trás e vê-se que uma porta foi trancada às nossas costas, fechando o caminho de volta. Então sente-se que alguma coisa mudou, o sol não parece mais imóvel, desloca-se rápido, infelizmente, não dá tempo de olhá-lo, pois já se precipita nos confins do horizonte, percebe-se que as nuvens não estão mais estagnadas nos golfos azuis do céu, fogem, amontoando-se umas sobre as outras, tamanha é sua afoiteza; compreende-se que o tempo passa e que a estrada, um dia, deverá inevitavelmente acabar. A um certo momento batem às nossas costas um pesado portão, fecham-no a uma velocidade fulminante, e não há tempo de voltar. Será então como um despertar. Olhará à sua volta, incrédulo; depois ouvirá um barulho de passos vindo de trás, verá as pessoas, despertadas antes dele, que correm afoitas e o ultrapassam para chegar primeiro. Ouvirá a batida do tempo escandir avidamente a vida. Nas janelas não mais aparecerão figuras risonhas, mas rostos imóveis e indiferentes. E se perguntar quanto falta do caminho, ainda lhe apontarão o horizonte, mas sem nenhuma bondade ou alegria. Entretanto, os companheiros se perderão de vista, um porque ficou para trás, esgotado, outro porque desapareceu antes e já não passa de um minúsculo ponto no horizonte. Além daquele rio — dirão as pessoas —, mais dez quilômetros, e terá chegado. Ao contrário, não termina nunca, os dias se tornam cada vez mais curtos, os companheiros de viagem, mais raros, nas janelas estão apáticas figuras pálidas que balançam a cabeça. Então já estará cansado, as casas, ao longo da rua, terão quase todas as janelas fechadas, e as raras pessoas visíveis lhe responderão com um gesto desconsolado: o que era bom ficou para trás, muito para trás, e ele passou adiante, sem dar por isso. Ah, é demasiado tarde para voltar, atrás dele aumenta o fragor da multidão que o segue, impelida pela mesma ilusão, mas ainda invisível, na branca estrada deserta. Ai, se pudesse ver a si mesmo, como estará um dia, lá onde a estrada termina, parado na praia do mar de chumbo, sob um céu cinzento e uniforme, sem nenhuma casa ao redor, nenhum homem, nenhuma árvore, nem mesmo um fio de erva, tudo assim desde um tempo imemorável.
Por Dino BuzzatiSUAS VIRTUDES Com suas fraquezas , porém com suas virtudes, descalça rasgou se entre a penumbra do tempo! Entre os fagulho de calcários,pelo sangue que se vertia ! Na procura de um acalanto ao coração rasgado e ferido, pelo obscuro do tempo ,que lhe proporcionava. Rasgou se a caminhar descalça na tentativa de se refugiar, em suas longínquas procuras do tempo. Na sua suavidade e na sua fragilidade,de uma mulher, procurava se em súbitas procuras , agasalhar seu coração. Encheu se de aventuras ,e de orgulho, mesmo que feridos, pela corrosão do tempo,que se desatinou em obscurecer suas virtudes. Mas veio as lágrimas que corriam e cobriam lhe a alma, e trazia para si ,suas virtudes incontidas. Bem mais que um tesouro, se recendeu o seu valor! Bem mais que o brilho dentre as pedras preciosas. retomava se o seu brilho! Quanto mais os fagulho lhe feriam.ela se despontava, em sutilezas, que abrasava lhe a alma. Quanto maior era a dor do corpo Mais ainda o sentimento do amor brilhava, e se ressaltava por sua dignidade. E a fazia brilhar, dentre as virtudes na fraqueza de uma mulher!
Por Lucia AlvesA guerra mais eficiente contra o pecado é orar para que não tenhamos de lutar contra tentações desnecessárias.
Por Bruce WilkinsonMarcos, MC, 4:11, Jesus disse a eles: <J> - A vocês é dado conhecer o mistério do Reino de Deus, mas aos de fora tudo se ensina por meio de parábolas,</J>
Por Marcos, Novo TestamentoEu acredito e sempre acreditei na vida De uma maneira muito forte, muito intensa É que é difícil a gente ouvir do nosso próprio coração Que ele só pulsa, bate chora mas não pensa Estou tentando resolver esse problema Onde uma cena cresce mais que seu ator Se estava escrito que haveria outra pessoa Rio e canoa sabem mais que o pescador A vida sempre pega a gente numa curva É feito chuva em plena tarde de verão Dependerá de nós as cores, tons, matizes Pr'esse arco-íris transformar o coração
Por Fábio Jr.Mateus, MT, 10:9, <J>Não levem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos;</J>
Por Mateus, Novo Testamento Quem és tu, pobre vivente, Que vagas triste e sozinho, Que tens os raios da estrela, E as asas do passarinho? A noite é negra; raivosos Os ventos correm do sul; Não temes que eles te apaguem A tua lanterna azul? Quando tu passas, o lago De estranhos fogos esplende, Dobra-se a clícia amorosa, E a fronte mimosa pende. As folhas brilham, lustrosas, Como espelhos de esmeralda; Fulge o iris nas torrentes Da serrania na fralda. O grilo salta das sarças; Piam aves nos palmares; Começa o baile dos silfos No seio dos nenufares. A tribo das mariposas, Das mariposas azuis, Segue teus giros no espaço, Mimosa gota de luz! São elas flores sem haste; Tu és estrela sem céu; Procuram elas as chamas; Tu amas da sombra o véu! Quem és tu, pobre vivente, Que vagueias tão sozinho, Que tens os raios da estrela, E as asas do passarinho?
Por Fagundes VarelaAgradecimento é o início da gratidão. Gratidão é a conclusão do agradecimento. Agradecimento pode consistir apenas de palavras. Gratidão é mostrada em atos. Henri Frederic Amiel
Por Henri Frederic AmielAs pessoas são loucas por acreditar que essas paredes nos protegerão para sempre. Embora os muros estejam intactos nos últimos 100 anos, não há nada que garanta que eles não serão derrubados hoje. (Armin Arlert)
Por Attack on Titan