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Jeremias, JR, 6:11, Por isso, estou repleto da ira do Senhor; estou cansado de guardá-la dentro de mim. ´Derrame-a sobre as crianças pelas ruas e sobre os jovens nas suas reuniões. Porque até o marido e a mulher serão presos, e também os velhos e os que têm idade avançada.
Por Jeremias, Antigo TestamentoSeja amável com os outros como você é consigo e crítico consigo como você é com outros.
Por Davi LagoAdeus, Meus Sonhos! Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto... E minh’alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus?!... morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já que não levo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!
Por Álvares de AzevedoIsaías, IS, 35:9, Ali não haverá leão; nenhum animal feroz passará por ele nem será encontrado nele; mas os remidos andarão por esse caminho.
Por Isaías, Antigo TestamentoSe a língua fosse um produto do espírito lógico, e não do poético, teríamos apenas uma.
Por Christian HebbelNúmeros, NM, 13:24, Esse lugar foi chamado de vale de Escol, por causa do cacho de uvas que os filhos de Israel cortaram ali.
Por Números, Antigo TestamentoJeremias, JR, 39:14, mandaram tirar Jeremias do pátio da guarda e o entregaram a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, para que o levasse para casa. Assim Jeremias habitou no meio do povo.
Por Jeremias, Antigo TestamentoÊxodo, EX, 39:7, E puseram as duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal, por pedras de memória aos filhos de Israel, segundo o Senhor havia ordenado a Moisés.
Por Êxodo, Antigo TestamentoPreso à minha classe e a algumas roupas,Vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me'? Olhos sujos no relógio da torre: Não, o tempo não chegou de completa justiça. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera. O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse. Em vão me tento explicar, os muros são surdos. Sob a pele das palavras há cifras e códigos. O sol consola os doentes e não os renova.As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase. Vomitar esse tédio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado. Nenhuma carta escrita nem recebida. Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem. Crimes da terra, como perdoá-los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns achei belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Ração diária de erro, distribuída em casa. Os ferozes padeiros do mal.Os ferozes leiteiros do mal. Pôr fogo em tudo, inclusive em mim. Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim. Com ele me salvoe dou a poucos uma esperança mínima. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Por Carlos Drummond de Andrade