Carlos Drummond de Andrade

Se viver requer coragem então Viva pra ser feliz, não viva em vão.

⁠Afinal, as lembranças eram criaturas fantásticas - elas se erguiam com o mais leve sopro de alimento.

ELEGIA Dos anos loucos a alegria extinta Ressaca vaga, faz que eu mal me sinta. Mas, como o vinho, é o remorso meu Que mais forte ficou, se envelheceu. É triste minha estrada. E me anuncia O mar ruim do porvir dor e agonia. Mas não desejo, amigos meus, morrer; Quero ser para pensar e sofrer. E sei que há gozos para mim guardados Entre aflições, desgostos e cuidados: Inda a concórdia poderei cantar, Sobre prantos fingidos triunfar, E talvez com sorrir de despedida Brilhe o amor no sol-pôr de minha vida.

Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor. {…} Depois de não ver Henry por cinco dias por causa de mil obrigações, não pude suportar. Pedi a ele para se encontrar comigo durante uma hora entre dois compromissos. Conversamos por um momento, então fomos para um quarto do hotel mais próximo. Que necessidade profunda dele. Só quando estou em seus braços as coisas parecem direitas. Depois de uma hora com ele, pude continuar o meu dia, fazendo coisas que não quero fazer, vendo pessoas que não me interessam.

⁠Livros são uma forma de meditação do Universo.

O céu deu-nos o hábito, / bom substituto da felicidade.

O que acontece na tela significa alguma coisa.

Tem gente que sabe meu nome e, só por isso, acha que me conhece.

Nota: citado em "Lifetime speaker's encyclopedia‎", Volume 1, Jacob Morton Braud Prentice-Hall, 1962

Quando uma porta se fecha outra se abre; mas nós quase sempre olhamos tanto e de maneira tão arrependida para a que se fechou, que não vemos aquelas que foram abertas para nós.

Pessoas incríveis fazem lugares comuns se tornarem extraordinários.