Guilherme de Sá

QUEM ME DERA Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois Que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada, E que para de onde veio volta depois Quase à noitinha pela mesma estrada. Eu não tinha que ter esperanças — tinha só que ter rodas ... A minha velhice não tinha rugas nem cabelo branco... Quando eu já não servia, tiravam-me as rodas E eu ficava virado e partido no fundo de um barranco.

Um Simples olhar teu facilmente me desabrocha Embora me feche como os dedos da mão. Tu sempre abres pétala por pétala meu ser Como a primavera quando toca cuidadosa e misteriosamente sua primeira rosa. Eu não sei o que existe em ti que me libera e prende. Somente uma coisa em mim compreende, que a linguagem dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas. Ninguém, nem mesmo a chuva. Tem mãos tão pequeninas.

Atos, Novo Testamento, AT, 21:13

Atos, AT, 21:13, Mas ele respondeu: - O que estão fazendo, ao chorar assim e partir o meu coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.

⁠Em ordem cronológica, Deus, família e pátria são, em nossa história, as grandes matrizes do mal e da imoralidade: é em nome desses três espantalhos que a humanidade se permitiu cometer seus piores crimes.

Pequenos erros tendem a conduzir a grandes erros. Nosso dever é vitalício e tudo o que você tem é a sua reputação. Uma vez que ela se perde, não volta mais.

Deuteronômio, Antigo Testamento, DT, 34:1

Deuteronômio, DT, 34:1, Então Moisés subiu das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao alto do monte Pisga, que está em frente de Jericó. E o Senhor lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã;

Hebreus, Novo Testamento, HB, 5:5

Hebreus, HB, 5:5, Assim, também Cristo não glorificou a si mesmo para se tornar sumo sacerdote, mas quem o glorificou foi aquele que lhe disse: ´Você é meu Filho, hoje eu gerei você.`

Uma coisa engraçada sobre o passado: quanto mais você envelhece, menos ele importa.

Eu sou o homem que pode lhe dar aquilo que você quer.

⁠DEIXE ESTAR Se eu pudesse cambiar-te, se eu pudesse Extrair-te de vez do meu repetitivo poetar E a saudade de ter-te desapego eu tivesse No esquecimento, pudesse, ali, te largar... Ah se pudesse! ... se essa paz a mim viesse Em canto ou em prece, me traga este lugar Ao meu tormento, piedade, que seja benesse Deste perdido amor, encantamento, se calar! E, se a poesia insistir neste sofrimento meu Do amor que eu senti um dia, e que foi seu Silêncio. Permita ao amor, se quiser, chorar! E olha, esqueça tudo por qualquer segundo Tudo passa, mas doí tanto, e é bem profundo Mas se é perdido, não esquecido, deixa estar! © Luciano Spagnol – poeta do cerrado 26, agosto, 2021, 11’03’ - Araguari, MG