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⁠Você achava que a ciência era uma busca desinteressada da verdade? Bem, você estava errado.

Por David Berlinski

Eu sei, mas não devia Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma. (Do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.)

Por Marina Colasanti

Eu acho que estragamos tudo nos apaixonando e quando a paixão acabou Gostaria de poder escolher um final diferente Podemos voltar a ser amigos?

Por Lauren Spencer-Smith

O único vício bom é o amor, o resto são pragas.

Por José Mujica

Cada pessoa tem uma estrela lá no céu. Olhe, aquela é sua estrela. Brilhante como você. Eu quero que você esteja sempre no alto como aquela estrela. Nunca abaixe sua cabeça.

Por Dunya Mikhail

⁠Foi então que aconteceu. Um suave brilho branco se formou em seu peito, no lugar onde seu coração deveria estar. O brilho se tornou uma corda, estendendo-se pelo ar.

Por Catriona Ward

Possua apenas o que você sempre pode levar consigo: conheça idiomas, conheça países e conheça pessoas. Deixe sua memória ser sua mala de viagem.

Por Alexander Solzhenitsyn

Apocalipse, AP, 12:4, A sua cauda arrastou a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão se deteve diante da mulher que estava para dar à luz, a fim de devorar o filho dela quando nascesse.

Por Apocalipse, Novo Testamento

⁠Não vou deixar mais ninguém se machucar por mim, tá bem?

Por Fallout (série)

Gênesis, GN, 24:46, Ela prontamente baixou o cântaro do ombro e disse: ´Beba, e também darei de beber aos seus camelos.` Bebi, e ela deu de beber aos camelos.

Por Gênesis, Antigo Testamento