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Isaías, IS, 6:1, No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.

Por Isaías, Antigo Testamento

Indomável guerreiro, sou filho herdeiro do Pai verdadeiro que não deixa falha.⁠

Por GREGO (rapper)

A última crônica A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

Por Fernando Sabino

A tua ausência a encher-se de dunas. Aquele bater de vidraças na orla da praia. O silêncio a insistir a recusar-se ao rumor. E a vida a fluir, lá fora.

Por Eduardo Pitta

Levítico, LV, 7:16, - E, se o sacrifício da oferta de alguém for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também poderá ser comido no dia seguinte.

Por Levítico, Antigo Testamento

Atos, AT, 19:11, Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários,

Por Atos, Novo Testamento

Mateus, MT, 12:29, <J>Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E só então saqueará a casa dele.</J>

Por Mateus, Novo Testamento

⁠Eu acredito que o olhar de cada um carrega sua verdade silenciosa, carrega o "eu verdadeiro" de si. Eu te vejo, eu enxergo além das barreiras que sua imaginação pode estabelecer, sou capaz de entrar no seu universo penetrando apenas no seu olhar. Me faça querer te desvendar, e eu lhe desvendarei. Me faça pensar que você merece meu tempo, que até longe pensarei em você. Não esconda nada, mas não precisa falar, basta um olhar, que eu saberei. Basta um olhar, e eu conhecerei o sentimento que habita dentro de você. Posso ser capaz de tocar o que não é sólido, e ouvir o que não é dito. Sinto seu gosto pela vida, é doce, amarga, acho que tem gosto de café. Olhe para mim, que eu olharei para você, viajarei no seu mundo, e se for capaz, permito que você viaje no meu, até que ambos viremos um só, um só universo. Puro. Onde os medos se dissolvem, e só restam os olhares que se entendem, as almas que se reconhecem. Entre nesse transe comigo, o mundo é sombrio, nosso universo é mais bonito.

Por anandayasmin

Habacuque, HC, 2:6, Não é fato que todos esses povos proferirão contra ele um provérbio, um dito em tom de zombaria? Eles dirão: Ai daquele que acumula o que não é seu - até quando? - , e daquele que se enche de coisas penhoradas!

Por Habacuque, Antigo Testamento

O homem que obedece é quase sempre melhor do que aquele que comanda.

Por Ernest Renan