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Isaías, IS, 2:5, Venham, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor.

Por Isaías, Antigo Testamento

Um fato sobre mim: Coisas proibidas me atraem.

Por Eduardo Costa

Cumplicidade é dividir um guarda-chuva pequeno num dia de garoa e achar engraçado os dois meio secos, meio molhados.

Por João Doederlein

Como eu quisesse falar para disfarçar o meu estado, chamei algumas palavras cá de dentro, mas elas encheram minha boca sem poder sair nenhuma.

Por Dom Casmurro

Lucas, LC, 12:4, <J> - Digo a vocês, meus amigos: não temam os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer.</J>

Por Lucas, Novo Testamento

Mateus, MT, 26:42, Retirando-se pela segunda vez, orou de novo, dizendo: <J> - Meu Pai, se não é possível que este cálice passe de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.</J>

Por Mateus, Novo Testamento

Creio que o amor... essas duas classes de amor que, como te deves lembrar, Platão define no seu Banquete, constituem a pedra de toque dos homens. Uns só compreendem um destes amores; os demais, o outro. E os que só compreendem o amor não platônico, esses não têm o direito de falar de dramas. Com um amor dessa classe não pode existir nenhum drama. «Agradeço-lhe muito o prazer que me proporcionou, e adeus.» Nisso consiste todo o drama. E no que diz respeito ao amor platônico, também esse não pode produzir dramas, porque nele tudo é puro e diáfano. (Anna Karenina)

Por Leon Tolstói

A Hora do Cansaço As coisas que amamos, as pessoas que amamos são eternas até certo ponto. Duram o infinito variável no limite de nosso poder de respirar a eternidade. Pensá-las é pensar que não acabam nunca, dar-lhes moldura de granito. De outra matéria se tornam, absoluta, numa outra (maior) realidade. Começam a esmaecer quando nos cansamos, e todos nos cansamos, por um outro itinerário, de aspirar a resina do eterno. Já não pretendemos que sejam imperecíveis. Restituímos cada ser e coisa à condição precária, rebaixamos o amor ao estado de utilidade. Do sonho eterno fica esse gosto acre na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

Por Carlos Drummond de Andrade

Mulher dos outros Antônio Maria Dia claro. Primeiras horas do dia claro. Havíamos bebido e procurávamos um café aberto, para uma média, com pão-canoa. Quase todos estavam fechados ou não tinham ainda leite ou pão. Fomos parar em Ipanema, num cafezinho, cujo dono era um português e nos conhecia de nome de notícia. Propôs-nos, em vez de café, um vinho maduro, que recebera de sua terra, "uma terrinha (como disse) ao pé de Braga". Não se recusa um vinho maduro, sejam quais forem as circunstâncias. Aceitamo-lo. Nossa grata homenagem a José Manuel Pereira, que nos deu seu vinho. Nesse café, além de nós, havia um casal, aos beijos. As garrafas vazias (de cerveja) eram quatro sobre a mesa e seis sob. Beijavam-se, bebiam sua cervejinha e voltavam a beijar-se. Não olhavam para nós e pouco estavam ligando para o resto do mundo. Em dado momento, entraram dois rapazes e pediram aguardente no balcão. Ambos disseram palavrões, em voz alta. O casal dos beijos e da cerveja parou com as duas coisas. Outros palavrões e o cabeça do casal protestou: — Pára com isso, que tem senhora aqui! Um dos rapazes dos palavrões: — Não chateia! — Não chateia o quê? Pára com isso agora! Um dos rapazes do palavrão: — E essa mulher é tua mulher? — Não é, mas é mulher de um amigo meu! A briga não foi adiante. Todos rimos. O dono da casa, os rapazes dos palavrões, o casal. Está provado que: quem sai aos beijos com mulher de amigo não tem direito a reclamar coisa alguma.

Por Antonio Maria

De onde aprendi desde então que o medo recíproco era aquele que governava o mundo.

Por Vittorio Alfieri