Olavo de Carvalho

Quero que lembre quem você é, apesar de todas as coisas ruins que estão acontecendo com você. Porque essas coisas ruins não são você. São apenas coisas ruins que aconteceram com você.

Miquéias, Antigo Testamento, MQ, 2:2

Miquéias, MQ, 2:2, Cobiçam campos e se apossam deles; cobiçam casas e as tomam; assim, fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança.`

Nota: Texto publicado em Maio de 2006. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Caio Fernando Abreu.

Quando alguém te machuca, te decepciona, te magoa, a dor é tão grande que você quer agredir a pessoa de volta. Você se sente impotente. Enganado. Ferido. Frustrado. Dá vontade de matar. De morrer. De sumir. Seu mundo desaba bem na sua frente. Você sente que perdeu seu tempo, sua vida, sua auto-estima, suas forças. E qual a pena pro agressor nesse caso? Qual a pena pra alguém que entrou na sua vida, na sua casa, nos seus sonhos, nos seus planos e, num piscar de olhos, destruiu tudo como se tivesse esse direito?

É menor pecado elogiar um mau livro sem o ler do que depois de o ter lido. Por isso, agradeço imediatamente depois de receber o volume. Não há vida literária plenamente virtuosa.

⁠Um ideal coletivo é a coincidência de muitos indivíduos em um mesmo afã de perfeição. Não é que uma “idéia” os tome comuns, mas a análoga maneira de sentir e de pensar converge para um “ideal” comum a todos eles. Cada era, século ou geração pode ter seu ideal; costuma ser patrimônio de uma seleta minoria que com seu esforço o consegue impor às gerações seguintes.

Nada substitui a conversa franca com quem amamos. Mas alguém tem de dar o primeiro passo.

A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque. Não grita nunca o seu perfume. Violeta diz levezas que não se pode dizer.

Neste mundo, são aqueles que aproveitam a oportunidade que têm as oportunidades.

Nota: A associação do cinza a verdade costuma ser erroneamente atribuída ao escritor francês André Gide. Acredita-se que a autoria pertença ao jornalista e crítico de arte francês Jacques de Biez.

Cinza, que é a cor do céu na França, também é a cor da própria verdade.

quando faltou luz ficou aquele breu e eu com as mãos tremendo morta de medo de tudo se iluminar de repente