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A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo?
Por Luis Fernando VerissimoIsaías, IS, 57:4, De quem vocês estão zombando? Contra quem estão escancarando a boca e mostrando a língua? Por acaso vocês não são filhos da transgressão, descendência da falsidade,
Por Isaías, Antigo TestamentoDeuteronômio, DT, 1:2, É uma jornada de onze dias desde Horebe até Cades-Barneia, pelo caminho dos montes de Seir.
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoEm um mundo comandado por herança sanguínea e contas de banco, vale a pena ter um amigo.
Por Gossip GirlII Crônicas, 2CR, 5:3, Todos os homens de Israel se congregaram junto ao rei na ocasião da festa, que foi no sétimo mês.
Por II Crônicas, Antigo TestamentoCerta vez, um urso faminto andava pela floresta em busca de alimento. Chegou a um acampamento e viu uma fogueira, ardendo em brasas com um panelão de comida... O urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a sentir queimaduras pelo seu corpo. Ele achava que as queimaduras eram uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar e, quanto mais urrava, mais apertava a panela quente contra seu corpo! Quando os caçadores chegaram encontraram o urso morto segurando a panela. Em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes! Algumas delas nos fazem sentir muita dor forte,mas ainda assim,as julgamos importantes! Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento! Tenha a CORAGEM e a VISÃO que o URSO não teve! Tire de seu caminho tudo aquilo que faz você sofrer!
Por Mestre ArievlisOs Três Mal-Amados Olho Teresa, vejo-a sentada aqui a meu lado. A poucos centímetros da mim. A poucos centímetros, muitos quilômetros. Por que essa impressão de que precisaria de quilômetros para medir a distância, o afastamento em que a vejo nesse momento? Olho Teresa como se olhasse o retrato de uma antepassada que tivesse vivido em outro século. Ou como se olhasse um vulto em outro continente, através de um telescópio. Vejo-a como se cobrisse a poeira tenuíssima ou o ar quase azul que envolvem as pessoas afastadas de nós muitos anos e léguas. Posso dizer dessa moça a meu lado que é a mesma Teresa que durante todo o dia de hoje, por efeito do gás do sonho, senti pegada a mim? Esta é a mesma Teresa que na noite passada conheci em toda intimidade? Posso dizer que a vi, falhei-le, posso dizer que a tive em toda intimidade? Que intimidade existe maior que a do sonho? A desse sonho que ainda trago em mim como um objeto que me pesasse no bolso? Ainda me parece sentir o mar do sonho que inundou meu quarto. Ainda sinto a onda chegando à minha cama. Ainda me volta o espanto de despertar entre móveis e paredes que eu não compreendia pudessem estar enxutos. E sem nenhum sinal dessa água que o sol secou mas de cujo contacto ainda me sinto friorento e meio úmido (penso agora que seria mais justo, do mar do sonho, dizer que o sol o afugentou, porque os sonhos são como as aves, não apenas porque crescem e vivem no ar) Teresa aqui está, ao alcance de minha mão, de minha conversa. Por que, entretanto, me sinto sem direitos fora daquele mar? Ignorante dos gestos, das palavras? O sonho volta, me envolve novamente. A onda torna a bater em minha cadeira, ameaça chegar até a mesa. Penso que, no meio de toda essa gente de terra, gente que parece ter criado raízes, como um lavrador ou uma colina, sou o único a escutar esse mar. Talvez Teresa... Talvez Teresa... sim, quem me dirá que esse oceano não nos é comum? Posso esperar que esse oceano nos seja comum? Um sonho é uma criação minha, nascida de meu tempo adormecido, ou existe nele uma participação de fora, de todo o universo, de uma geografia, sua história, sua poesia? O arbusto ou a pedra aparecida em qualquer sonho pode ficar indiferente à vida de que está participando? Pode ignorar o mundo que está ajudando a povoar? É possível que sintam essa participação, esses fantasmas, essa Teresa, por exemplo, agora distraída e distante? Há algum sinal que faça compreender termos sido, juntos, peixes de um mesmo mar? Donde me veio a idéia de que Teresa talvez participe de um universo privado, fechado em minha lembrança, desse mundo que através de minha fraqueza eu me compreendi ser o único onde será possível cumprir os atos mais simples, como por exemplo caminhar, beber um copo de água, escrever meu nome, nada, nem mesmo Teresa.
Por João Cabral de Melo Neto