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Sei que as pessoas falam sobre o oposto da verdade e o oposto do amor. Qual é o oposto do medo? O oposto de desconforto e pânico e arrependimento?
Por Iain ReidApocalipse, AP, 15:6, E os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos, à altura do peito, com cintos de ouro.
Por Apocalipse, Novo TestamentoMarcos, MC, 9:50, <J>O sal é bom; mas, se o sal vier a se tornar insípido,</J> <J>como lhe restaurar o sabor? Tenham sal em vocês mesmos e paz uns com os outros.</J>
Por Marcos, Novo Testamentoos homens,então,habituam-se a mascarar os próprios sentimentos e, com a prática de escondê-los dos outros,acabam enfim por escondê-los de si mesmos
Por Cesare BeccariaTiago, TG, 5:13, Alguém de vocês está sofrendo? Faça oração. Alguém está alegre? Cante louvores.
Por Tiago, Novo TestamentoTodos nós somos produtos do nosso meio. Cada pessoa que encontramos, cada nova experiência ou aventura, cada livro que lemos, nos toca e nos transforma, tornando-nos o ser único que somos.
Por C. J. Hecké como se você pudesse invadir minha alma, decifrar meus pensamentos, adivinhar o que eu preciso e me trazer tudo isso com o simples fato de estar presente
Por DesconhecidoEles (os comunistas) não precisavam refutar argumentos adversos: preferiam métodos que terminavam antes em morte do que em persuasão, que espalhavam antes o terror do que a convicção.
Por Hannah ArendtPorque você se preocupa sem motivo? Quem você machucou sem motivo? Quem poderá te matar? A atma não nasce por isso não morre. O que quer que tenha acontecido,aconteceu para o bem. O que quer que esteja acontecendo , esta acontecendo para o bem. O que quer que venha a acontecer, acontecerá para o bem. Não tenha arrependimentos pelo passado Não se preocupe com o futuro O presente esta acontecendo ... Quais sãos as perdas pela qual você chora ? O que você trouxe contigo que acha que perdeu ? O que você fez que acha que foi destruido ? Você não trouxe nada Tudo que você tem veio daqui Tudo que você tem oferecido Você tem oferecido apenas aqui Tudo que você tem , você tem de D-us Tudo que você tem dado , você tem dado a Ele Você veio de mão vazias e você partirá de mãos vazias O que é o seu hoje pertenceu ao ontem de alguem e dia depois de amanhã pertencerá a um outro alguem. Você erra pensando que isso é apenas seu E essa falsa felicidade é a causa das suas tristezas Mudança é a lei do universo
Por Bhagavad GitaO Homem Nu Ao acordar, disse para a mulher: — Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. — Explique isso ao homem — ponderou a mulher. — Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago. Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento. Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos: — Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro. Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão! Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: — Maria, por favor! Sou eu! Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão. Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer. — Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado. E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror! — Isso é que não — repetiu, furioso. Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu. — Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si. Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho: — Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu... A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito: — Valha-me Deus! O padeiro está nu! E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: — Tem um homem pelado aqui na porta! Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava: — É um tarado! — Olha, que horror! — Não olha não! Já pra dentro, minha filha! Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta. — Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir. Não era: era o cobrador da televisão.
Por Fernando Sabino