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Sobre um Poema Um poema cresce inseguramente na confusão da carne, sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, talvez como sangue ou sombra de sangue pelos canais do ser. Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência ou os bagos de uva de onde nascem as raízes minúsculas do sol. Fora, os corpos genuínos e inalteráveis do nosso amor, os rios, a grande paz exterior das coisas, as folhas dormindo o silêncio, as sementes à beira do vento, - a hora teatral da posse. E o poema cresce tomando tudo em seu regaço. E já nenhum poder destrói o poema. Insustentável, único, invade as órbitas, a face amorfa das paredes, a miséria dos minutos, a força sustida das coisas, a redonda e livre harmonia do mundo. - Em baixo o instrumento perplexo ignora a espinha do mistério. - E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Por Herberto Helderquero a intimidade da liberdade do teu corpo em sono. ao prometer-lhe a novidade e o prazer de ser a primeira a dormir escravizei-me ao sonho teu.
Por Aline Miranda (poeta)O passado é uma sentença de prisão perpétua, um instrumento afiado, voltado para o amanhã.
Por Claudia RankineA obsessão pelo suicídio é própria de quem não pode viver, nem morrer, e cuja atenção nunca se afasta dessa dupla impossibilidade.
Por Emil CioranMeu coração triste, meu coração ermo, Tornado a substância dispersa e negada Do vento sem forma, da noite sem termo, Do abismo e do nada!
Por Fernando PessoaSofonias, SF, 2:9, Portanto, tão certo como eu vivo`, diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, ´Moabe será como Sodoma, e os filhos de Amom, como Gomorra, campo de urtigas, poços de sal e desolação perpétua. O remanescente do meu povo os saqueará, e os sobreviventes da minha nação tomarão posse dos seus territórios.`
Por Sofonias, Antigo TestamentoI Reis, 1RS, 10:17, Fez também trezentos escudos menores de ouro batido, empregando um quilo e oitocentos gramas de ouro em cada escudo. E o rei os pôs na Casa do Bosque do Líbano.
Por I Reis, Antigo Testamento