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Nós lançamos uma sombra sobre algo independentemente de onde estivermos, e de nada adianta movermo-nos de um lugar a outro para poupar as coisas; porque a sombra sempre nos persegue. Escolha um lugar onde não causará dano... Sim, escolha um lugar onde não causará muito dano, e fique ali com toda a alma, encarando o sol.
Por E. M. ForsterJó, JÓ, 3:19, Ali está tanto o pequeno como o grande, e o servo fica livre de seu senhor.`
Por Jó, Antigo TestamentoJuízes, JZ, 15:1, Passado algum tempo, nos dias da colheita do trigo, Sansão, levando um cabrito, foi visitar a sua mulher. E dizia: - Vou entrar no quarto da minha mulher. Porém o pai dela não o deixou entrar
Por Juízes, Antigo TestamentoOcorreu-lhe que em momentos de crise o embate da pessoa nunca era com um inimigo externo, mas sempre com seu próprio corpo.
Por George OrwellMateus, MT, 10:29, <J> - Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Entretanto, nenhum deles cairá no chão sem o consentimento do Pai de vocês.</J>
Por Mateus, Novo TestamentoI João, 1JO, 5:11, E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está no seu Filho.
Por I João, Novo TestamentoLira do amor romântico Ou a eterna repetição Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem. Os peixinhos responderam: Quem tem amor tem coragem. Atirei um limão n’água e caiu enviesado. Ouvi um peixe dizer: Melhor é o beijo roubado. Atirei um limão n’água, como faço todo ano. Senti que os peixes diziam: Todo amor vive de engano. Atirei um limão n’água, como um vidro de perfume. Em coro os peixes disseram: Joga fora teu ciúme. Atirei um limão n’água mas perdi a direção. Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão! Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho. Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho. Atirei um limão n’água, o rio logo amargou. Os peixinhos repetiram: É dor de quem muito amou. Atirei um limão n’água, o rio ficou vermelho e cada peixinho viu meu coração num espelho. Atirei um limão n’água mas depois me arrependi. Cada peixinho assustado me lembra o que já sofri. Atirei um limão n’água, antes não tivesse feito. Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito. Atirei um limão n’água, fez-se logo um burburinho. Nenhum peixe me avisou da pedra no meu caminho. Atirei um limão n’água, de tão baixo ele boiou. Comenta o peixe mais velho: Infeliz quem não amou. Atirei um limão n’água, antes atirasse a vida. Iria viver com os peixes a minh’alma dolorida. Atirei um limão n’água, pedindo à água que o arraste. Até os peixes choraram porque tu me abandonaste. Atirei um limão n’água. Foi tamanho o rebuliço que os peixinhos protestaram: Se é amor, deixa disso. Atirei um limão n’água, não fez o menor ruído. Se os peixes nada disseram, tu me terás esquecido? Atirei um limão n’água, caiu certeiro: zás-trás. Bem me avisou um peixinho: Fui passado pra trás. Atirei um limão n’água, de clara ficou escura. Até os peixes já sabem: você não ama: tortura. Atirei um limão n’água e caí n’água também, pois os peixes me avisaram, que lá estava meu bem. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente. Senti que os peixes diziam: Hás de amar eternamente.
Por Carlos Drummond de Andrade