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É melhor haver uma democracia pobre, suja, esfarrapada, do que uma ditadura opulenta. A democracia magoa, zanga-nos, dá trabalho - é como o amor. Um infinito de esperança em desilusão permanente. Do mal o menos. Antes um amor magoado do que amor nenhum. A ditadura é esse sossego do amor nenhum - os dias iguais e silenciosos.
Por Inês PedrosaSalmos, SL, 119:166, Espero, Senhor, na tua salvação e cumpro os teus mandamentos.
Por Salmos, Antigo TestamentoUm homem que tem de ser convencido a agir, antes de agir, não é um homem de ação.
Por Georges ClemenceauMENINA MULHER Menina cheia de tanta pureza, Charmosa mulher que a todos conquista, Linda menina que a todos cativa, Com seu lindo sorriso e sua leveza. Encantadora como uma princesa, Linda flor rara que poucos cultivam, Pois seu perfume os desejos atiçam, Menina Mulher de rara beleza. Mulher madura, menina dengosa, Que a todos conquista com teu encanto, Menina Mulher meiga e atenciosa. Menina tão pura como um anjo Sempre carinhosa e muito amorosa, Mulher sedutora que nem sei o quanto.
Por Thiago Aécio De SousaÀs vezes a vida parece se arrastar, avançando em um ritmo quase glacial, dia após dia, até que algo nos faz parar e perceber que passou um tempão enquanto não estávamos olhando.
Por Jill SantopoloBrilhando como a estrela Derrota minha tristeza Melhora minha cabeça Renova minha certeza
Por Bonde da StrondaNunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste. Essa tristeza não viste, e eu sei que ela se vê bem...
Por Cecília MeirelesJOSÉ E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio, - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais! José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse, a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja do galope, você marcha, José! José, para onde?
Por Carlos Drummond de Andrade