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A relação entre portugueses e brasileiros é de tal maneira forte e densa, assenta em tantos equívocos, tanta morte, tanto desentendimento, que é uma relação de sobressalto e de incompreensão. Nunca é só amor, indiferença, revolta, exasperação, riso. É tudo isso.
Por Alexandra Lucas CoelhoA nobreza do espírito, com respeito àquela tradicional, oferece-nos a vantagem de podermos atribui-la a nós mesmos.
Por Robert MusilNúmeros, NM, 1:40, Dos filhos de Aser, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus pais, contados nominalmente, de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra,
Por Números, Antigo TestamentoMateus, MT, 7:19, <J>Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e jogada no fogo.</J>
Por Mateus, Novo TestamentoToda propaganda de guerra, toda a gritaria, as mentiras e o ódio, vem invariávelmente das pessoas que não estão lutando.
Por George OrwellJosué, JS, 19:39, Esta era a herança da tribo dos filhos de Naftali, segundo as suas famílias; estas cidades com as suas aldeias. A herança de Dã
Por Josué, Antigo TestamentoDo mesmo modo, afirmamos que os Estados imperialistas cometeriam um grave erro e uma injustiça inqualificável caso se limitassem a retirar de nosso solo as tropas militares, os serviços administrativos e de intendência cuja função era descobrir riquezas, extraí-las e enviá-las para as metrópoles. A reparação moral da independência nacional não nos deixa cegos, não nos alimenta. A riqueza dos países imperialistas também é nossa riqueza. No plano do universal, essa afirmação, como se pode presumir, não significa absolutamente que nós nos sentimos tocados pelas criações das técnicas ou das artes ocidentais. Muito concretamente, a Europa inflou-se de maneira desmedida com o ouro e as matérias-primas dos países coloniais: na América Latina, na China, na África. De todos esses continentes, ante os quais a Europa ergue hoje sua opulenta torre, partem há séculos, em direção dessa mesma Europa, os diamantes e o petróleo, a seda e o algodão, as madeiras e os produtos exóticos. A Europa é, literalmente, a criação do Terceiro Mundo. As riquezas que a sufocam são as que foram roubadas dos povos subdesenvolvidos. Os portos da Holanda, as docas de Bordeaux e de Liverpool especializados no tráfico negreiro devem seu renome aos milhões de escravos deportados. E quando ouvimos um chefe de Estado europeu declarar, com a mão no coração, que tem o dever de ajudar os infelizes povos subdesenvolvidos, não estremecemos de gratidão. Ao contrário, dizemos a nós mesmos: “É uma reparação justa”. Logo, não aceitaremos que a ajuda aos países subdesenvolvidos seja um programa de “irmãs de caridade”. Essa ajuda deve ser a consagração de uma dupla conscientização, conscientização por parte dos colonizados de que isso lhes é devido e, por parte das potências capitalistas, de que efetivamente elas têm que pagar.
Por Frantz FanonNo dia em que o peso amortecer-se Sobre teus ombros e tropeçares, Que a argila dance para equilibrar-te. E, quando teus olhos congelarem-se Por trás da janela cinzenta, E o fantasma da perda chegar a ti, Que um bando de cores Índigo, vermelho, verde E azul-celeste, Venha despertar em ti Uma campina de alegria. Quando a vela se esfiapar no barquinho Do pensamento, e uma coloração De oceano escurecer abaixo de ti, Que surja por sobre as águas Uma trilha de luar amarelo Para levar-te a salvo para casa. Que o alimento da terra seja teu, Que a claridade da luz seja tua, Que a fluidez do oceano seja tua, Que a proteção dos antepassados seja tua. E, assim, que um lento vento Teça estas palavras de amor À tua volta, um invisível manto, Para zelar por tua vida.
Por John O'DonohueComo as mulheres sabem nos manipular. Deitado na cama, com a mente em branco, Joxe Mari olhava o quadrado de céu azul da janela. Ficou um bom tempo ali imóvel, em atitude apática, com as mãos enlaçadas atrás da nuca. Por fim lhe vieram pensamentos. Ou melhor, imagens. O tempo, de repente, retrocedeu a grande velocidade. O tempo era um filme que mostrava a sua vida de trás para a frente. Saiu logo da cadeia e entrou em outra e depois em outra, foi torturado, depois preso, voltou à luta armada, à tarde chuvosa em que Txato olhou nos seus olhos, ao pub onde atirou pela primeira vez em um homem, à França, à vila e, chegando aos dezenove anos, as velozes imagens mentais pararam de repente. Imaginou então um destino diferente, que culminava com a realização do seu grande sonho: jogar no time de handebol do Barcelona F.C.
Por Fernando Aramburu