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Havia uma moleca em Creta, Cuja roupa não estava completa; Ela se enfiava num saco, Pintalgado de preto e branco, E a coquete virava um croquete.

Por Edward Lear

Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)... Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas. Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada (?), por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Por Fernando Pessoa

Habacuque, HC, 1:2, Até quando, Senhor, clamarei pedindo ajuda, e tu não me ouvirás? Até quando gritarei: ´Violência!`, e tu não salvarás?

Por Habacuque, Antigo Testamento

Salmos, SL, 44:5, Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos; em teu nome, pisamos sobre os que se levantam contra nós.

Por Salmos, Antigo Testamento

Isaías, IS, 8:11, Porque assim o Senhor me disse, tendo forte a mão sobre mim, e me advertiu que eu não andasse pelo caminho deste povo. Ele disse:

Por Isaías, Antigo Testamento

O homem que desconhece a classe a qual pertence age contra si próprio

Por Friedrich Engels

Eu nunca quero retratar a fraqueza em minhas músicas. Mesmo que às vezes a tristeza e a vulnerabilidade sejam realmente fortes, eu queria que parecesse que eu tinha a vantagem no relacionamento.

Por Dua Lipa

Era uma vez uma voz. Um fiozinho à-toa. Fiapo de voz. Voz de mulher. Doce e mansa. De rezar, ninar criança, muitas histórias contar. De palavras de carinho e frases de consolar. Por toda e qualquer andança, voz de sempre concordar. Voz fraca e pequenina. Voz de quem vive em surdina. Um fiapo de voz que tinha todo o jeito de não ser ouvido. Não chegava muito longe. Ficava só ali mesmo, perto de onde ela vivia. Um pontinho no mapa.

Por Ana Maria Machado

⁠e por nunca acertar o ponto de corte do abacate. é sempre um madurou, não madurou, madurou, não madurou, o caroço ainda não balança, vai ficando meio mole, bate um medo de estragar e fica um gosto de cica na boca.

Por Janaína Abílio

3 de maio Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi

Por Oswald de Andrade