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Marcos, MC, 8:19, <J>de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?</J> Eles responderam: - Doze!

Por Marcos, Novo Testamento

O CORVO Certa vez, quando, à meia- noite eu lia, débil, extenuado, um livro antigo e singular, sobre doutrinas do passado, meio dormindo - cabeceando - ouvi uns sons trêmulos, tais como se leve, bem de leve, alguém batesse à minha porta. É um visitante", murmurei, "que bate leve à minha porta. Apenas isso, e nada mais." Bem me recordo! Era em dezembro. Um frio atroz, ventos cortantes... Morria a chama no fogão, pondo no chão sombras errantes. Eu nos meus livros procurava - ansiando as horas matinais - um meio (em vão) de amortecer fundas saudades de Lenora, - bela adorada, a quem, no céu, os querubins chamam Lenora, e aqui, ninguém chamará mais. E das cortinas cor de sangue, um arfar soturno, e brando, e vago causou-me horror nunca sentido, - horror fantástico e pressago. Então, fiquei (para acalmar o coração de sustos tais) a repetir: "É alguém que bate, alguém que bate à minha porta; Algum noturno visitante, aqui batendo à minha porta; é isso! é isso e nada mais!" Fortalecido já por fim, brado, já perdendo a hesitação: "Senhor! Senhora! quem sejais! Se demorei peço perdão! Eu dormitava, fatigado, e tão baixinho me chamais, bateis tão manso, mansamente, assim de noite à minha porta; que não é fácil escutar. Porém só vejo, abrindo a porta, a escuridão, e nada mais. Perquiro a treva longamente, estarrecido, amedrontado, sonhando sonhos que, talvez, nenhum mortal haja sonhado. Silêncio fúnebre! Ninguém. De visitante nem sinais. Uma palavra apenas corta a noite plácida: - "Lenora!". Digo-a em segredo, e num murmúrio, o eco repete-me - "Lenora!" Isto, somente - e nada mais. Para o meu quarto eu volto enfim, sentindo n'alma estranho ardor, e novamente ouço bater, bater com mais vigor. "Vem da janela", presumi, "estes rumores anormais. Mas eu depressa vou saber donde procede tal mistério. Fica tranqüilo, coração! Perscruta, calmo, este mistério. É o vento, o vento e nada mais!" Eis, de repente, abro a janela, e esvoaça então, vindo de fora, um Corvo grande, ave ancestral, dos tempos bíblicos, - d'outrora! Sem cortesias, sem parar, batendo as asas noturnais, ele, com ar de grão-senhor, foi, sobre a porta do meu quarto, pousar num busto de Minerva, - e sobre a porta do meu quarto quedou, sombrio, e nada mais. Eu estava triste, mas sorri, vendo o meu hóspede noturno tão gravemente repousado, hirto, solene e taciturno. "Sem crista, embora" - ponderei -, "embora ancião dos teus iguais, não és medroso, ó Corvo hediondo, ó filho errante de Plutão! Que nobre nome é acaso o teu, no escuro império de Plutão?" E o Corvo disse: "Nunca mais!" Fiquei surpreso - pois que nunca imaginei fosse possível ouvir de um Corvo tal resposta, embora incerta, incompreensível, e creio bem, em tempo algum, em noite alguma, entes mortais viram um pássaro adejar, voando por cima de uma porta, e declarar (do alto de um busto, erguido acima de uma porta) que se chamava "Nunca mais". Porém o Corvo, solitário, essas palavras só murmura, como que nelas refletindo uma alma cheia de amargura. Depois concentra-se e nem move - inerte sobre os meus umbrais - uma só pena. Exclamo então: "Muitos amigos me fugiram... Tu fugiras pela manhã, como os meus sonhos me fugiram..." Responde o Corvo: "Oh! Nunca mais!" Pasmo, ao varar o atroz silêncio uma resposta assim tão justa, e digo: "Certo, ele só sabe essa expressão com que me assusta. Ouviu-a, acaso, de algum dono, a quem desgraças infernais hajam seguido, e perseguido, até cair nesse estribilho, até chorar as ilusões com esse lúgubre estribilho de - "nunca mais! oh! nunca mais!". De novo, foram-se mudando as minhas mágoas num sorriso... Então, rodei uma poltrona, olhei o Corvo, de improviso, e nos estofos mergulhei, formando hipóteses mentais sobre as secretas intenções que essa medonha ave agoureira - rude, sinistra, repulsiva e macilenta ave agoureira, - tinha, grasnando "Nunca mais". Mil coisas vagas pressupus... Não lhe falava, mas sentia que me abrasava o coração o duro olhar da ave sombria. ... E assim fiquei, num devaneio, em deduções conjeturais, minha cabeça reclinando - à luz da lâmpada fulgente nessa almofada de veludo, em que ela, agora, - à luz fulgente -, não mais descansa - ah! nunca mais. Subitamente o ar se adensou, qual se em meu quarto solitário, anjos pousassem, balançando um invisível incensário. "Ente infeliz" - eu exclamei. - "Deus apiedou-se dos teus ais! Calma-te! calma-te e domina essas saudades de Lenora! Bebe o nepente benfazejo! Olvida a imagem de Lenora! E o Corvo disse: "Nunca mais." "Profeta!" - brado. "Anjo do mal, Ave ou demônio mais irreverente que a tempestade, ou Satanás, aqui lançou tragicamente, e que te vês, soberbo, nestes desertos areais, nesta mansão de eterno horror! Fala! responde ao certo! Fala! Existe bálsamo em Galaad? Existe? Fala, ó Corvo! Fala!" E o Corvo disse: "Nunca mais." "Profeta!" - brado. "Anjo do mal, Ave ou demônio irreverente, dize, por Deus, que está nos céus, dize! eu to peço humildemente, dize a esta pobre alma sem luz, se lá nos páramos astrais, poderá ver, um dia, ainda, a bela e cândida Lenora, amada minha, a quem, no céu, os querubins chamam Lenora!" E o Corvo disse: "Nunca mais." "Seja essa frase o nosso adeus" - grito, de pé, com aflição. "Vai-te! Regressa à tempestade, à noite escura de Plutão! Não deixes pluma que recorde essas palavras funerais! Mentiste! Sai! Deixa-me só! Sai desse busto junto à porta! Não rasgues mais meu coração! Piedade! Sai de sobre a porta!" E o Corvo disse: "Nunca mais." E não saiu! e não saiu! ainda agora se conserva pousado, trágico e fatal, no busto branco de Minerva. Negro demônio sonhador, seus olhos são como punhais! Por cima, a luz, jorrando, espalha a sombra dele, que flutua... E a alma infeliz, que me tombou dentro da sombra que flutua, não há de erguer-se, "Nunca mais".

Por Edgar Allan Poe

⁠Bom Dia Passando para deixar um abraço carinhoso e desejar um lindo e abençoado final de semana pra você, cheio de muita paz.

Por Débora Ap Moreno - Instagram - debora.mensagemdedeus

Quadro Construímos a ordem da mesa, a folhagem da ilusão, um festim de luzes e sombras, a aparência da viagem na imobilidade. Esticamos um branco campo para que nele esplendam as reverberações do pensamento em torno do ícone nascente. Então soltamos nossos cachorros, incitamos a caçada, a imagem sereníssima, virtual, cai desgarrada.

Por Ida Vitale

Deuteronômio, DT, 12:30, cuidem para que vocês não caiam na cilada de imitar essas nações, depois que elas foram eliminadas de diante de vocês. Não procurem saber a respeito dos deuses dessas nações, dizendo: ´Assim como estas nações serviram os seus deuses, também nós queremos fazer!`

Por Deuteronômio, Antigo Testamento

⁠“Se pudesse tirar de mim o que há de mim, ficaria Deus; se pudesse tirar de mim o que há de Deus, ficaria nada”.

Por Edward Schillebeeckx

Ei, amiga se toca, Parte pra outra fica sofrendo por besteira.

Por Bruna Denise

Salmos, SL, 109:13, Desapareça a sua posteridade, e que o seu nome se extinga na geração seguinte.

Por Salmos, Antigo Testamento

Macaco que não pode comer a fruta fala que a mesma está podre.

Por Ditado Popular

Eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?

Por Almeida Garrett