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Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chega a apertar o coração: é o amor!
Por Carlos Drummond de AndradeAs coisas mais horríveis não podem ser influenciadas pela superstição e pelo mito, pelas estatísticas e pelas probabilidades.
Por Areia MovediçaJosué, JS, 2:11, Quando ouvimos isso, o nosso coração se derreteu, todos ficamos desanimados, por causa da presença de vocês. Porque o Senhor, o Deus de vocês, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra.
Por Josué, Antigo TestamentoA DOR QUE DÓI MAIS Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Por Martha MedeirosEu tô bem de boa com você Cê finge que me ama e eu finjo saber Você me usa e eu uso você E é claro que você me faz sorrir Que apesar de tudo a gente sabe divertir Um pingue-pongue louco, eu sei, Pra gente sempre caiu bem
Por Belina (banda)15 Correndo risco constante de absurdo e morte toda vez que atua em cima das cabeças da audiência o poeta sobe pela rima como um acrobata para a corda elevada que ele inventa e equilibrado nos olhares acesos sobre um mar de rostos abre em seus passos tIma via para o outro lado do dia fazendo além de entrechats truques variados com os pés e gestos teatrais da pesada tudo sem jamais tomar uma coisa qualquer pelo que ela possa não ser Pois ele é o super-realista que tem de forçosamente notar a verdade tensa antes de ensaiar um passo ou postura no seu avanço pressuposto para o poleiro ainda mais alto onde com gravidade a Beleza espera para dar seu salto mortal E ele um pequeno homem chapliniano que poderá ou não pegar aquela forma eterna e bela projetada no ar vazio da existência
Por Lawrence Ferlinghetti