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⁠Não trocaria meus fracassos pelo sucesso de ninguém.

Por Gregório Duvivier

Juízes, JZ, 5:1, Naquele dia Débora e Baraque, filho de Abinoão, cantaram assim:

Por Juízes, Antigo Testamento

O ser humano é conversação.

Por João Acuio

Todo conhecimento frutífero deve ser compartilhado, senão, da semente que merece ser plantada, um dia seu fruto poderá não ser colhido.

Por Randerson Figueiredo.

Acho que você tem medo de ser feliz Emma. Parece que pensa que o caminho natural das coisas na sua vida é ser triste, sombria e macambúzia, e odiar seu emprego, odiar o lugar onde mora e não ter sucesso nem dinheiro, e Deus a livre de um namorado. Na verdade vou mais longe: acho que você gosta de se sentir frustrada e ter menos do que queria ter, porque isso é mais fácil, não é? O fracasso e a infelicidade são mais fáceis, porque você pode fazer piada com isso. [...] Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar um só presente para o resto da sua vida seria este. Confiança.

Por David Nicholls

Jeremias, JR, 51:31, Um arauto sai ao encontro de outro arauto, um mensageiro sai ao encontro de outro mensageiro, para anunciar ao rei da Babilônia que a sua cidade foi invadida de todos os lados,

Por Jeremias, Antigo Testamento

⁠Eu sei que este mundo é só um jogo. Mas esse lugar, essas pessoas... é tudo que eu tenho.

Por Free Guy: Assumindo o Controle

A verdadeira barbárie é Dachau; a verdadeira civilização é, antes de tudo, a parte do homem que os campos de extermínio quiseram destruir.

Por André Malraux

NOSSAS MÃOS As tuas mãos tão belas, tão formosas. As tuas mãos afeitas aos carinhos. As minhas mãos tão feias, tão nervosas. As minhas mãos expostas aos espinhos. As tuas mãos me tocam por piedade. As minhas mãos te afagam, mas com medo. As tuas mãos são mãos pra eternidade. As minhas mãos são mãos de morrer cedo. As tuas mãos nas minhas, que contraste! Mas se não fossem elas, que desastre, nem sei das minhas mãos o que seria! Por isso às tuas mãos eu agradeço o carinho que eu sei que não mereço e que em outras mãos não acharia!

Por Antonio Roberto Fernandes

O AMOR NO COLO A dor não pede compreensão, pede respeito. Não abandonar a cadeira, ficar sentado na posição em que ela é mais aguda. Vejo homens que não têm coragem de terminar o relacionamento. Que não esclarecem que acabou. Que deixam que os outros entendam o que desejam entender. Que preferem fugir do barraco e do abraço esmurrado. Saem de mansinho, explicando que é melhor assim: não falar nada, não explicar, acontece com todo mundo. Encostam a porta de sua casa (não trancam) e partem para outra vida. Não é melhor assim. Não tem como abafar os ruídos do choro. O corpo não é um travesseiro. Seca com os soluços. Não é melhor assim. Haverá gritos, disputa, danos. É como beber um remédio, sem empurrar a colher para longe ou moldar cara feia. É engolir o gosto ruim da boca, agüentar o desgosto da falta do beijo. Será idiota recitar Vinicius de Moraes: "que seja infinito enquanto dure". A despedida não é lugar para poesia. Haverá uma estranha compaixão pelo passado, a língua recolhendo as lágrimas, o rosto pelo avesso. Haverá sua mulher batendo em seu peito, perguntando: "Por que fez isso comigo?" Haverá a indignação como última esperança. Haverá a hesitação entre consolar e brigar, entre devolver o corte e amparar. Vejo homens que somente encontram força para seduzir uma mulher, não para se distanciar dela. Para iniciar uma história, não têm medo, não têm receio de falar. Para encerrar, são evasivos, oblíquos, falsos. Mandam mensageiros. Não recolhem seus pertences na hora. Voltarão um novo dia para buscar suas coisas. Não toleram resolver o desespero e datar as lembranças. Guardam a risada histérica para o domingo longe dali. Mas estar ali é o que o homem precisa. Não virar as costas. Fechar uma história é manter a dignidade de um rosto levantado, ouvindo o que não se quer escutar. Espantado com o que se tornou para aquela mulher que amava. Porque aquilo que ela diz também é verdade. Mesmo que seja desonesto. Desgraçadamente, há mais desertores do que homens no mundo. Deveriam olhar fora de si. Observar, por exemplo, a dor de uma mãe que perde seu filho no parto. O médico colocará o filho morto no colo materno. É cruel e - ao mesmo tempo - necessário. Para que compreenda que ele morreu. Para que ela o veja e desista de procurá-lo. Para que ela perceba que os nove meses não foram invenção, que a gestação não foi loucura. Que o pequeno realmente existiu, que as contrações realmente existiram, que ela tentou trazê-lo à tona. Que possa se afastar da promessa de uma vida, imaginar seu cheiro e batizar seu rosto por um instante. Descobrir a insuportável e delicada memória que teve um fim, não um final feliz. Ainda que a dor arrebente, ainda é melhor assim.

Por Fabrício Carpinejar