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As pessoas conseguem se segurar na esperança, uma vez que a morte é aquela que não pode ser vista

Por Bleach

Os poderosos devem saber que à sombra deles cresce inevitavelmente, mais perigoso que a inveja, o ressentimento daqueles mesmos que vivem dos seus favores.

Por Gregório Marañón

Hoje em dia, mais do que nunca, eu me sinto como um animal muito social, que eu não era há algum tempo... Às vezes eu estou tão feliz que deprimo as pessoas.

Por David Bowie

Só honestidade, vulnerabilidade. Isso é amor! Já amei alguém, mas não disse isso o suficiente. Agora, gostaria de poder dizer todo dia.

Por How I Met Your Mother

Salmos, SL, 69:18, Aproxima-te de minha alma e redime-a; resgata-me por causa dos meus inimigos.

Por Salmos, Antigo Testamento

Há quem defenda os seus erros como se estivesse a defender uma herança.

Por Edmund Burke

"E se eu te amo na quarta, Não te amarei na quinta. Isso pode ser verdade. Porque você reclama? Te amei na quarta sim, e daí?"

Por Edna St. Vincent Millay

Romance Sonâmbulo (A Gloria Giner e a Fernando de los Rios) Verde que te quero verde. Verde vento. Verdes ramas. O barco vai sobre o mar e o cavalo na montanha. Com a sombra pela cintura ela sonha na varanda, verde carne, tranças verdes, com olhos de fria prata. Verde que te quero verde. Por sob a lua gitana, as coisas estão mirando-a e ela não pode mirá-las. Verde que te quero verde. Grandes estrelas de escarcha nascem com o peixe de sombra que rasga o caminho da alva. A figueira raspa o vento a lixá-lo com as ramas, e o monte, gato selvagem, eriça as piteiras ásperas. Mas quem virá? E por onde?... Ela fica na varanda, verde carne, tranças verdes, ela sonha na água amarga. — Compadre, dou meu cavalo em troca de sua casa, o arreio por seu espelho, a faca por sua manta. Compadre, venho sangrando desde as passagens de Cabra. — Se pudesse, meu mocinho, esse negócio eu fechava. No entanto eu já não sou eu, nem a casa é minha casa. — Compadre, quero morrer com decência, em minha cama. De ferro, se for possível, e com lençóis de cambraia. Não vês que enorme ferida vai de meu peito à garganta? — Trezentas rosas morenas traz tua camisa branca. Ressuma teu sangue e cheira em redor de tua faixa. No entanto eu já não sou eu, nem a casa é minha casa. — Que eu possa subir ao menos até às altas varandas. Que eu possa subir! que o possa até às verdes varandas. As balaustradas da lua por onde retumba a água. Já sobem os dois compadres até às altas varandas. Deixando um rastro de sangue. Deixando um rastro de lágrimas. Tremiam pelos telhados pequenos faróis de lata. Mil pandeiros de cristal feriam a madrugada. Verde que te quero verde, verde vento, verdes ramas. Os dois compadres subiram. O vasto vento deixava na boca um gosto esquisito de menta, fel e alfavaca. — Que é dela, compadre, dize-me que é de tua filha amarga? — Quantas vezes te esperou! Quantas vezes te esperara, rosto fresco, negras tranças, aqui na verde varanda! Sobre a face da cisterna balançava-se a gitana. Verde carne, tranças verdes, com olhos de fria prata. Ponta gelada de lua sustenta-a por cima da água. A noite se fez tão íntima como uma pequena praça. Lá fora, à porta, golpeando, guardas-civis na cachaça. Verde que te quero verde. Verde vento. Verdes ramas. O barco vai sobre o mar. E o cavalo na montanha.

Por Federico García Lorca

Ezequiel, EZ, 36:15, Não permitirei mais que você ouça a zombaria das nações ou tenha de suportar a vergonha dos povos. Nunca mais você deixará o seu povo sem os seus filhos`, diz o Senhor Deus.

Por Ezequiel, Antigo Testamento

⁠Os andorinhões só vão voltar na próxima primavera. Eles me deixaram sozinho com todo esse monte de humanos que me oprime e me exaspera. Li que os andorinhões emigram para além do Saara, chegam até a altura de Uganda, por aí, e que passam a maior parte da vida no ar. Exatamente o que eu queria: não tocar no chão, não tocar em ninguém. Se eu pudesse ter optado entre nascer homem ou andorinhão, depois de ter visto tudo que vi, escolheria a segunda alternativa. (...) Que bela filosofia existencial: sair de um ovo, cruzar os ares em busca de alimento, olhar o mundo de cima sem ser atormentado por questões existenciais, não ter que falar com ninguém, não pagar impostos nem contas de luz, não se achar o rei da criação, não inventar conceitos pretensiosos como eternidade, justiça e honra e morrer quando chegar a hora, sem assistência médica nem honras fúnebres.

Por Fernando Aramburu