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⁠É com essa profecia que eles nos escravizam.

Por Duna: Parte 2 (filme)

Insônia Não durmo, nem espero dormir. Nem na morte espero dormir. Espera-me uma insônia da largura dos astros, E um bocejo inútil do comprimento do mundo. Não durmo; não posso ler quando acordo de noite, Não posso escrever quando acordo de noite, Não posso pensar quando acordo de noite — Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite! Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer! Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo, E o meu sentimento é um pensamento vazio. Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam — Todas aquelas de que me arrependo e me culpo; Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam — Todas aquelas de que me arrependo e me culpo; Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada, E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo. Não tenho força para ter energia para acender um cigarro. Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo. Lá fora há o silêncio dessa coisa toda. Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer, Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir. Estou escrevendo versos realmente simpáticos — Versos a dizer que não tenho nada que dizer, Versos a teimar em dizer isso, Versos, versos, versos, versos, versos... Tantos versos... E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim! Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir. Sou uma sensação sem pessoa correspondente, Uma abstração de autoconsciência sem de quê, Salvo o necessário para sentir consciência, Salvo — sei lá salvo o quê... Não durmo. Não durmo. Não durmo. Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma! Que grande sono em tudo exceto no poder dormir! Ó madrugada, tardas tanto... Vem... Vem, inutilmente, Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta... Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste, Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança, Segundo a velha literatura das sensações. Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança. O meu cansaço entra pelo colchão dentro. Doem-me as costas de não estar deitado de lado. Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado. Vem, madrugada, chega! Que horas são? Não sei. Não tenho energia para estender uma mão para o relógio, Não tenho energia para nada, para mais nada... Só para estes versos, escritos no dia seguinte. Sim, escritos no dia seguinte. Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte. Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora. Paz em toda a Natureza. A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras. Exatamente. A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras. Costuma dizer-se isto. A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece, Mas mesmo acordada a Humanidade esquece. Exatamente. Mas não durmo.

Por Álvaro de Campos

Jó, JÓ, 10:7, Bem sabes que eu não sou culpado; todavia, não há ninguém que possa me livrar da tua mão.`

Por Jó, Antigo Testamento

Agora, já sabe: às vezes, você acorda feliz – sem nem saber por quê –, sai de casa, na primeira esquina tropeça e fica no pior humor da vida. Já no dia seguinte, acorda péssima, o telefone toca, é alguém de quem você gosta, e a vida se torna, de repente, boa de ser vivida. É essa certeza de que tudo pode mudar em minutos, segundos, que nos ajuda a segurar a onda quando tudo fica difícil. Se...as coisas estiverem indo mal, pense em quantas outras ocasiões elas estiveram tão mal quanto, ou até piores, e tudo passou. Não, não reclame, não chore, não se descabele, apenas espere; se possível, com aquela quase indiferença que você viu tantas vezes nos olhos dos mais velhos, que sabiam que ia passar – porque sempre passa. Essa "indiferença" pode ser chamada de sabedoria ou experiência, o que, no fundo, é mais ou menos a mesma coisa.

Por Danuza Leão

⁠Não se pode sobreviver sem esperança.

Por Amor de Redenção (filme)

CELEBRO Celebro o findar do dia como se fosse o final de meus poemas de amor reacendo os momentos de alegria minimizo os que me trouxeram dor... mel - ((*_*))

Por melanialudwig

Todo o pecado é um tipo de mentira.

Por Martinho Lutero

Andando entre pingos e respingos Chovendo por dentro no vento.. Pensando se paro ou se varo... Molhando traquina na esquina... Amando o colo no solo... Sentindo na alma a calma... mel - ((*_*))

Por melanialudwig

Salmos, SL, 40:9, Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, Senhor.

Por Salmos, Antigo Testamento

De sonhadores a inimigos Você tá indo Vai me deixar aqui, perdido Cê já contou pros seus amigos de nós? No chão do quarto, com nossos vícios É coisa pura De tanto amar, virou loucura De tantas brigas, amargura entre nós

Por Jão