Veja outros textos inspiradores!
Isaías, IS, 5:30, Naquele dia, o bramido contra eles será como o bramido do mar; se alguém olhar para a terra, eis que só haverá trevas e angústia; a luz se escurecerá em densas nuvens.
Por Isaías, Antigo Testamentonão peça perdão, a culpa não é sua estamos no mesmo barco e ele ainda flutua não perca a razão, ela já não é sua onda após onda, o barco ainda flutua ao sabor do acaso apesar dos pesares ao sabor do acaso... flutua então, preste atenção: o mar não ensina, insinua estamos no mesmo barco, sob a mesma lua no mar, em marte, em qualquer parte estaremos sempre sob a mesma lua ao sabor da corrente tão fortes quanto o elo mais fraco ao sabor da corrente... sob a mesma lua âncora, vela ?qual me leva? ?qual me prende? mapas e bússola sorte e acaso ?quem sabe (?) do que depende?
Por Humberto GessingerFALTA DE TEMPO Existe um único antídoto para a falta de tempo. Um único. Estar apaixonado. Esquecer de si para inventar o desejo. O desejo transforma-se no próprio tempo. Tudo é adiado.
Por Fabrício CarpinejarAbdicamos da vida para podermos vivê-la, abdicamos dela a toda a hora, a todos os minutos, em cada gesto, é esta a crueldade contra a qual justamente nos revoltamos, uma luta desde sempre perdida, capitulada.
Por João TordoDeuteronômio, DT, 28:23, O céu sobre a cabeça de vocês será de bronze, e a terra debaixo de vocês será de ferro.
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoDeuteronômio, DT, 32:44, Moisés veio e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Josué, filho de Num.
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoAmar Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Por Carlos Drummond de Andrade