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A NOITE Oh! jornada negra! O silêncio debruçado Lá fora... um raio rasgando o céu, espia A minha alma, teimosa, cheia de porfia Fria, chuva que cai, molhando o cerrado No horizonte desfalece a luz do fim do dia No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado Troando a solidão da chuvosa noite vazia Devassa... oh! jornada escura de loucura Que estardalhaça no peito suspiro fundo E excarcera o medo sem qualquer ternura Pobre umbroso de arrelia, e moribundo O sono, pávido e prostrado de amargura A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo. © Luciano Spagnol poeta do cerrado 2018, 25 de outubro Cerrado goiano Olavobilaquiando
Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)Êxodo, EX, 18:3, juntamente com os dois filhos dela. Um dos filhos se chamava Gérson, pois Moisés tinha dito: ´Fui peregrino em terra estranha.`
Por Êxodo, Antigo TestamentoQuando estamos decididos a ver as nações como queremos, não precisamos de sair de casa.
Por Astolphe CustineE não podemos evitar que a vida Trabalhe com o seu relógio invisível Tirando o tempo de tudo que é perecível.
Por Biquini CavadãoVírgula Eu menino às onze horas e trinta minutos a procurar o dia em que não te fale feito de resistências e ameaças — Este mundo compreende tanto no meio em que vive tanto no que devemos pensar. A experiência o contrário da raiz originária aliás demasiado formal para que se possa acreditar no mais rigoroso sentido da palavra. Tanta metafísica eu e tu que já não acreditamos como antes diferentes daquilo que entendem os filósofos — constitui uma realidade que não consegue dominar (nem ele próprio) as forças primitivas quando já se tem pretendido ordens à vida humana em conflito com outras surge agora a necessidade dos Oásis Perdidos. E vistas assim as coisas fragmentariamente é certo e a custo na imensidão da desordem a que terão de ser constantemente arrancadas — são da máxima importância as Velhas Concepções pois a cada momento corremos grandes riscos desconcertantes e de sinistra estranheza. Resulta isto dum olhar rápido sobre a cidade desconhecida. E abstraindo dos versos que neste poema se referem ao mundo humano vemos que ninguém até hoje se apossou do homem como o frágil véu que nos separa vedados e proibidos.
Por António Maria Lisboa