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a garça estrangeira parque d’água equilibra-se na madeira arcada de mangas tece de curva e pescoço o ninho estranho atrás da casa toda água é lama e a deusa branca torna-se galho pelos calcanhares o pássaro olha a criança que rasga coxas caule acima atrás de rasgar a pele da fruta depois de seis meses de espera os bichos se encaram o pássaro firma, cúmplice sabem que é papel dos velhos cochilar durante os furtos
Por Ana Carolina AssisJonas, JN, 2:7, Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo.
Por Jonas, Antigo TestamentoRuínas (...) Risos não tem, e em seu magoado gesto Transluz não sei que dor oculta aos olhos; — Dor que à face não vem, — medrosa e casta, Íntima e funda; — e dos cerrados cílios Se uma discreta muda Lágrima cai, não murcha a flor do rosto; Melancolia tácita e serena, Que os ecos não acorda em seus queixumes, Respira aquele rosto. A mão lhe estende O abatido poeta. Ei-los percorrem Com tardo passo os relembrados sítios, Ermos depois que a mão da fria morte Tantas almas colhera. Desmaiavam, nos serros do poente, As rosas do crepúsculo. “Quem és? pergunta o vate; o sol que foge No teu lânguido olhar um raio deixa; — Raio quebrado e frio; — o vento agita Tímido e frouxo as tuas longas tranças. Conhecem-te estas pedras; das ruínas Alma errante pareces condenada A contemplar teus insepultos ossos. Conhecem-te estas árvores. E eu mesmo Sinto não sei que vaga e amortecida Lembrança de teu rosto.” Desceu de todo a noite, Pelo espaço arrastando o manto escuro Que a loura Vésper nos seus ombros castos, Como um diamante, prende. Longas horas Silenciosas correram. No outro dia, Quando as vermelhas rosas do oriente Ao já próximo sol a estrada ornavam Das ruínas saíam lentamente Duas pálidas sombras: O poeta e a saudade.
Por Machado de AssisJosué, JS, 22:16, - Assim diz toda a congregação do Senhor: Que infidelidade é esta que vocês cometeram contra o Deus de Israel, deixando hoje de seguir o Senhor, edificando um altar para vocês, para se rebelarem contra o Senhor?
Por Josué, Antigo TestamentoA velhice é o pior dos males, pois ela priva o homem de todos os prazeres deixando-lhe o apetite.
Por Giacomo LeopardiPreservar o cumprimento do dever e se guardar em silêncio é a melhor resposta à calúnia.
Por George WashingtonNever More I Não te perdoo, não, meus tristes olhos Não mais hei de fitar nos teus, sorrindo: Jamais minh’alma sobre um mar de escolhos Há de chamar por ti no anseio infindo. Jamais, jamais, nos delicados folhos Do coração como n’um ramo lindo, Há de cantar teu nome entre os abrolhos A ária gentil de meu sonhar já findo. Não te perdoo, não! E em tardes claras, Cheias de sonhos e delícias raras, Quando eu passar à hora do Sol posto: Não rias para mim que sofro e penso, Deixa-me só neste deserto imenso... Ah! se eu pudesse nunca ver teu rosto! II Ah! se eu pudesse nunca ver teu rosto! E nem sequer o som de tua fala Ouvir de manso à hora do Sol posto Quando a Tristeza já do Céu resvala! Talvez assim o fúnebre desgosto Que eternamente a alma me avassala Se transformasse n’um luar de Agosto, Sonho perene que a Ventura embala. Talvez o riso me voltasse à boca E se extinguisse essa amargura louca De tanta dor que a minha vida junca… E, então, os dias de prazer voltassem E nunca mais os olhos meus chorassem... Ah! se eu pudesse nunca ver-te, nunca!
Por Auta de SouzaNão foi a libertação do medo, mas o equilíbrio do medo, que tornou possível a sobrevivência da nossa civilização.
Por Golda MeirViva a vida quando você a tiver. A vida é um presente maravilhoso - não há nada de pequeno nisso.
Por Florence Nightingale