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Disposição de guerreiro Precisamos da disposição de guerreiros para todos os atos, senão ficamos fracos e feios. Não existe poder numa vida onde não tenha essa disposição. Olhe para si. Tudo o ofende e perturba. Geme e reclama e acha que todo mundo esta abusando de você. É uma folha à mercê do vento. Não existe poder em sua vida. Um guerreiro, ao contrário, é um caçador. Calcula tudo. Isso é controle. Mas, uma vez terminados seus cálculos, ele age. Entrega-se. Um guerreiro não é uma folha a mercê do vento. Ninguém pode empurrá-lo, ninguém pode obrigá-lo a fazer coisas contra si ou contra o que ele acha certo. Um guerreiro é preparado para sobreviver e ele sobrevive da melhor maneira possível. Um guerreiro pode ser ferido, mas não ofendido. Para um guerreiro, não há nada ofensivo nos atos de seus semelhantes, enquanto ele estiver agindo dentro da disposição correta. (in Don Juan)

Por Carlos Castaneda

⁠Sua luz brilhará independente de forças externas, pois sua energia emana de dentro pra fora, Acredite no seu Potencial.

Por Gilberto Garcia - O Negociador

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

Por Fernando Pessoa

Lucas, LC, 9:4, <J>Na casa em que vocês entrarem, fiquem ali até saírem daquele lugar.</J>

Por Lucas, Novo Testamento

Levítico, LV, 18:13, Não tenha relações com a irmã de sua mãe, pois ela é parenta de sua mãe.

Por Levítico, Antigo Testamento

Compreender que tudo quanto chegamos a saber não merecia ser aprendido.

Por Carlo Dossi

Prosa Patética Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido. As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono. Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado. Aquela que fala do namorado com tanta ternura. Mesmo das brigas ando tendo inveja. Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças, Sempre querendo, querendo. Me disseram que solidão é sina e é pra sempre. Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho. Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região. No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança Do hálito quente do outro. A voz, o viço. Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão, Expulsar de mim essa Nossa Senhora ciumenta. Madona sedenta de versos. Mas tive medo. Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito. Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça. E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio. Tive medo de perder o estado de verso e vácuo, Onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda. E mais do que nunca tive inveja. Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta Nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado. E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora. A mulher que engravida porque gosta de criança. Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, Ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido, E ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos. Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo. Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio. Clarice diz que sua função é cuidar do mundo. E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada, Não tenho bons modos nem berço. Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito. O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito? Eu, cuja única função é lavar palavra suja, Neste fim de século sem certezas? Eu quero que a solidão me esqueça.

Por Viviane Mosé

Josué, JS, 19:22, O limite tocava o Tabor, Saazima e Bete-Semes e terminava no Jordão. Ao todo, dezesseis cidades com as suas aldeias.

Por Josué, Antigo Testamento

Êxodo, EX, 39:39, o altar de bronze, a sua grelha de bronze, os seus cabos e todos os seus utensílios, a bacia e o seu suporte;

Por Êxodo, Antigo Testamento

O poeta e o poema Dói meu poema em mim nos seus dois nascimentos: sobre o papel, dentre em meu peito. Ele me investe, á enfrentamento, demônio feito essa criança a quem se atira fora, ao lixo, com tanta raiva e rejeição! Rapta meus versos, só capricho: São meus ou não? Dói meu poema em mim no curso da escritura pois que não quer minha lição. Para ele eu sou escória pura: lesma do chão. Eu me pergunto quando irei compreendê-lo, trazendo o ritmo seu comigo. Tenho rigores ou desvelo de um cão amigo. Trata-me qual vilão: para que serve o poeta se é bom sem ele o verso e a rima? Eu sou a presença indiscreta: Risque-se em cima! Dói-me menos o poema uma vez instalado, definitivo, bem nutrido, e o meu humor fica acalmado ao tê-lo lido. Aceito-o, ele me aceita: uma doce harmonia deverá, creio, vir à cena. Tudo de ambíguo se esvazia: Que paz serena! Temos de juntos ir à conquista da meta, deste vasto universo, ousados pois o poema e o poeta estão vedados.

Por Alain Bosquet