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A CRÕNICA é um gênero de entretenimento. O romancista, o poeta e o contista não precisam e é bom que não precisem entreter o leitor. O cronista é um cara que aparece no século 19, com a imprensa, e a crônica surge para amaciar o jornal. Uma espécie de recreio do jornal, em que o leitor está lendo sobre absurdos, dá uma respirada. É uma brisa no jornal. Então, tenho essa consciência de que meu papel ali é de entreter o leitor. Entretenimento é visto, geralmente, com preconceito. Como se o entretenimento fosse inimigo da reflexão e da profundidade. Eu discordo. Você pode entreter pelo humor, pela comédia, pelo lirismo. Nosso maior cronista, Rubem Braga, não é um cronista que tinha o humor como sua principal característica. Ele era, principalmente, lírico. Muitas vezes, a crônica dele é triste e nos deixa tristes, mas a tristeza pode ser, de certa forma, uma maneira de entretenimento. Uma certa melancolia é uma maneira de saborear a vida e encará-la. Tenho isso em vista quando escrevo crônicas: chegar até meu público e tentar falar alguma coisa que seja prazerosa.
Por Antonio PrataBebo ao lar em pedaços, À minha vida feroz, À solidão dos abraços E a ti, num brinde, ergo a voz… Ao lábio que me traiu, Aos mortos que nada vêem, Ao mundo, estúpido e vil, A Deus, por não salvar ninguém.
Por Anna AkhmátovaSalmos, SL, 17:4, Quanto às obras humanas, pela palavra dos teus lábios eu tenho me guardado dos caminhos do violento.
Por Salmos, Antigo TestamentoÀs vezes, quando ergo a cabeça estonteada dos livros em que escrevo as contas alheias e a ausência de vida própria, sinto uma náusea física, que pode ser de me curvar, mas que transcende os números e a desilusão. A vida desgosta-me como um remédio inútil. E é então que eu sinto com visões claras como seria fácil o afastamento deste tédio se eu tivesse a simples força de o querer deveras afastar. Vivemos pela ação, isto é, pela vontade. Aos que não sabemos querer — sejamos gênios ou mendigos — irmananos a impotência. De que me serve citar-me gênio se resulto ajudante de guarda-livros? Quando Cesário Verde fez dizer ao médico que era, não o Sr. Verde empregado no comércio, mas o poeta Cesário Verde, usou de um daqueles verbalismos do orgulho inútil que suam o cheiro da vaidade. O que ele foi sempre, coitado, foi o Sr. Verde empregado no comércio. O poeta nasceu depois de ele morrer, porque foi depois de ele morrer que nasceu a apreciação do poeta. Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se o não ficarem ali ?
Por Bernardo SoaresO mormaço da hipocrisia De Recife à Olinda Só se ver alagamentos E o povo, em lamento Diz que vai tomar medida Contra esse homicida Que é o governo local Mas logo perdem a moral Quando vem as eleições Vendem o voto pra ladrões Repetirem tudo igual (Jefferson Moraes) Olinda, Pernambuco 01/05/2014
Por Jefferson MoraesTiago, TG, 2:20, Seu tolo, você quer ter certeza de que a fé sem as obras é inútil?
Por Tiago, Novo TestamentoDeuteronômio, DT, 5:10, mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.`
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoSalmos, SL, 119:19, Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.
Por Salmos, Antigo Testamento