Veja outros textos inspiradores!
Gênesis, GN, 21:8, Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, Abraão deu um grande banquete.
Por Gênesis, Antigo TestamentoGênesis, GN, 36:14, E são estes os filhos de Oolibama, filha de Aná, filho de Zibeão, mulher de Esaú; ela deu a Esaú: Jeús, Jalão e Corá.
Por Gênesis, Antigo Testamentosomos senhores das favelas, somos senhores da pobreza, falta alimento em nossas mesas. Conclusão, o pais é culpado.
Por Edson GomesJeremias, JR, 2:10, Vão até as terras do mar de Chipre e vejam; mandem mensageiros a Quedar e observem com atenção. Vejam se já aconteceu coisa semelhante.
Por Jeremias, Antigo TestamentoNeemias, NE, 7:1, Depois de reconstruída a muralha e colocados os portões no seu lugar, estabelecidos os porteiros, os cantores e os levitas,
Por Neemias, Antigo TestamentoII Pedro, 2PE, 1:4, Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo.
Por II Pedro, Novo TestamentoDeuteronômio, DT, 1:43, Isso eu lhes falei, mas vocês não quiseram escutar; pelo contrário, foram rebeldes às ordens do Senhor e, presunçosos, foram na direção das montanhas.
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoMarcos, MC, 3:9, Então recomendou aos seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o apertarem.
Por Marcos, Novo TestamentoWilliam Contraponto: A lucidez como heresia A poesia de William Contraponto não pede licença. Ela entra como pergunta. Permanece como desconforto. E sai deixando vestígios — não de esperança, mas de pensamento. Seu verso é seco, rente ao osso, herdeiro de um pacto com a lucidez. Ex-médium, hoje ateu, Contraponto não escreve a partir do ressentimento, mas da experiência desnudada. Viveu por dentro os rituais, sentiu o corpo ser tomado por forças que pareciam externas, mas depois reconheceu: o que parecia transcendência era desejo encenado, era necessidade de sentido em estado bruto. E foi esse rompimento — não com a fé, mas com a ilusão — que marcou sua travessia estética. Sua obra é radicalmente existencialista. Não no sentido acadêmico, mas vital. Contraponto não cita Sartre, Camus ou Beauvoir. Ele os atravessa. Sua escrita emerge da mesma angústia essencial: a de estar vivo num mundo sem garantias. Seu olhar recusa os confortos espirituais, os dogmas reciclados, as promessas vendidas como salvação. Em vez disso, oferece o que resta depois do desengano: umvazio honesto, um silêncio não manipulado, uma linguagem que pensa,. O estilo é contido, afiado, desprovido de ornamentos. Há ritmo, mas não há melodia fácil. Cada poema parece limado até o limite da palavra exata. Nada sobra. Nada falta. É uma poesia que respira o pensamento e sangra a dúvida. Mais próxima do ensaio do que da canção, mais próxima da meditação crua do que do lirismo adocicado. William Contraponto é também um poeta de consciência social. Sua descrença no sagrado caminha junto de sua recusa às estruturas que domesticam a liberdade — sejam elas religiosas, políticas ou econômicas. Mas sua crítica nunca desumaniza. Ao contrário: nasce de uma empatia crua com o humano como projeto inacabado. No lugar da fé, propõe o enfrentamento. No lugar da doutrina, a lucidez. No lugar da promessa, a palavra como faca — ou espelho. Ler William Contraponto é ser tirado do eixo. É lembrar que pensar também dói. E que há beleza, sim, no que não consola.
Por Neno Marques