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Atos, AT, 12:6, Na noite anterior ao dia em que Herodes ia apresentá-lo ao povo, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes. Sentinelas, junto à porta, guardavam a prisão.
Por Atos, Novo TestamentoLucas, LC, 23:4, Então Pilatos disse aos principais sacerdotes e às multidões: - Não vejo neste homem crime algum.
Por Lucas, Novo TestamentoEster, ET, 2:7, Mordecai havia criado Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, que era órfã de pai e mãe. A jovem era bonita e formosa. Depois que o pai e a mãe dela morreram, Mordecai a adotou como filha.
Por Ester, Antigo TestamentoExistem pessoas que so sabem se alimentar da raiva e do odio...Esquecem que a alma se alimenta de pequenos afetos... simone vercosa
Por Simone VercosaEis o homem sentado à mesa Diante da folha branca. Um longo, longo caminho, Da vida para a palavra. Decantação, purificação Para chegar ao pássaro. O homem que está à mesa Atravessou muitos desertos Virou do avesso a certeza Naufragou nos mares do sul. Entre ditongo e ditongo Para chegar ao pássaro Tu próprio terás de ser Cada vez mais substantivo. Irás de sílaba em sílaba Ferido por sete espadas Diante da folha branca Serás fome e serás sede Como o homem que está à mesa, O homem tão despojado Que a si mesmo se transforma No pássaro que busca a forma. Este é tempo do homem perdido na multidão Como ser desintegrado Na folha branca da cidade. Tempo do homem sentado À mesa da solidão. Há palavras como asas, outras mais como raízes O pássaro voa por dentro Do homem sentado à mesa. Vai de fonema em fonema Sobre as cordas dos sentidos. Se vires o homem que passa Como se fosse no ar Já sabes: é o homem que está Diante da folha branca. Às vezes levanta vôo Para outro espaço, outro azul E deixa dentro das sílabas Um rastro como de sul. Quando recordas, Quando a tristeza toca demais as cordas do coração Quando um ritmo começa Dentro das palavras, Um sapateado inconfundível (Malagueña, malagueña!) E a folha branca é uma Espanha Para cantar, para dançar Para morrer entre sol e sombra Às cinco em sangue... Então verás chegar O homem sentado à mesa Às cinco en sombra de la tarde Malagueña, Malagueña! Diante da folha branca Como por terras de Espanha. Nos descampados deste tempo Nos aeroportos auto-estradas Nos anúncios sob as pontes Talvez no marco geodésico No fumo do lixo ardendo No cheiro do alcatrão Nos dejectos de lata e plástico Nos jornais amarrotados Nas barracas sobre a encosta Na estrutura de betão Sobre o gasóleo e a tristeza Sobre a grande poluição Onde nem folha ou erva cresce Seco, duro, estéril tempo Diante da folha branca Da solidão suburbana Onde a multidão se perde Entre tristeza e tristeza Às vezes um coração: Talvez um pássaro verde Ou talvez só a canção Do homem sentado à mesa O homem que está à mesa Tem qualquer coisa que escapa Qualquer coisa que o faz ser Ausente quando presente Às vezes como de mar Às vezes como de sul Um certo modo de olhar Como atravessando as coisas Um certo jeito de quem Está sempre para partir. O homem sentado à mesa Não está sentado: caminha Navega por sobre os mares Ou por dentro de si mesmo. Vem de longe para longe Do passado para agora De agora para amanhã Está no avesso da hora! Solta o pássaro, não pára, Tem outro espaço, outro azul Às vezes como de mar Às vezes como de azul E não se tem a certeza se está do lado de cá Ou se está do outro lado, deste lado onde não está. Mesmo se sentado à mesa Não é possível detê-lo O homem que tem um pássaro É sempre um homem que passa. Tem qualquer coisa que nem se sabe O quê nem de quem É talvez um mais além Algo que sobe e que voa Entre o Aqui e o Ali Algo que não se perdoa Ao homem quando ele tem Um pássaro dentro de si... Há um tocador a tocar As harpas de cada sílaba Diante da folha branca Tudo é guitarra e surpresa. Escutai o pássaro e o canto Do homem sentado à mesa!
Por Manuel AlegreEssência cósmica Sou como o vento forte, ruidoso, furacão; às vezes brisa, calmaria. Sigo à frente meu momento, passageiro e condutor. Noites escuras, lindos dias. Passos largos, riso franco. Explosão em cores e dor, vermelhos, rubros, raivas; azuis, argentos, carícias. Assobio nas copas e nas taipas. Assobrado, assobrador. Sigo o rumo das correntes, que me levam longe e perto. Subo e desço por vertentes, sem paradas, sem descanso; ora em gritos, ora manso, mas sempre sou eu, essência, daquilo que represento, em vidas que fui, e em vidas que serei.
Por Victor MottaMuitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel.
Por René DescartesEle quer se declarar inocente por causa do luto. Ela sabe que o luto é uma espécie de loucura. Ela sabe.
Por Jeanine Cummins