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Penso no primeiro dia em que entrei em casa e senti o perfume dela — flores e especiarias — e como foi estranho ter a fragrância de alguém no apartamento. Agora nunca é estranho. Seria estranho voltar para casa e não sentir nada.
Por Beth O'LearyNão é fácil ser um pacifista em tempos de repressão. Fazer a diferença sem pegar em armas. Manter o senso sem deixar que o medo cale nossa voz.
Por Eric NovelloCântico dos Cânticos, CT, 2:15, Peguem as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor.
Por Cântico dos Cânticos, Antigo TestamentoCrescer não é apenas acumular experiências e anos de vida, mas se abrir com humildade ao aprendizado e busca de conhecimento. Quem assume uma posição de liderança no grito não dura nem desempenha.
Por Abilio DinizA vida é feita de muitos fins, círculos terminam, histórias chegam ao fim. Mas o bom disso é que temos a oportunidade do recomeço, de se reinventar e escrever uma nova história.
Por Rhuanna W.S.Qualquer um pode viajar de trem ou a cavalo, mas a melhor forma de viajar é em um chapéu.
Por Chapeleiro MalucoJuízes, JZ, 21:7, Como obteremos mulheres para os restantes deles, pois juramos, pelo Senhor, que não lhes daríamos em casamento nenhuma de nossas filhas?
Por Juízes, Antigo TestamentoPoema V A Federico García Lorca Companheiro, morto desassombrado, rosácea ensolarada quem senão eu, te cantará primeiro. Quem senão eu pontilhada de chagas, eu que tanto te amei, eu que bebi na tua boca a fúria de umas águas eu, que mastiguei tuas conquistas e que depois chorei porque dizias: “amor de mis entrañas, viva muerte”. Ah! Se soubesses como ficou difícil a Poesia. Triste garganta o nosso tempo, TRISTE TRISTE. E mais um tempo, nem será lícito ao poeta ter memória e cantar de repente: “os arados van e vên dende a Santiago a Belén”. Os cardos, companheiro, a aspereza, o luto a tua morte outra vez, a nossa morte, assim o mundo: deglutindo a palavra cada vez e cada vez mais fundo. Que dor de te saber tão morto. Alguns dirão: Mas se está vivo, não vês? Está vivo! Se todos o celebram Se tu cantas! ESTÁS MORTO. Sabes por quê? “El passado se pone su coraza de hierro y tapa sus oídos con algodón del viento. Nunca podrá arrancársele un secreto.” E o futuro é de sangue, de aço, de vaidade. E vermelhos azuis, braços e amarelos hão de gritar: morte aos poetas! Morte a todos aqueles de lúcidas artérias, tatuados de infância, de plexo aberto, exposto aos lobos. Irmão. Companheiro. Que dor de te saber tão morto.
Por Hilda Hilst