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Soneto ao meu sono Eita, cansaço pra gostar de mim Me puxou em um grande abraço Sussurrou-me como um carrasco: "- Se acostume, vim morar aqui!" Eu não havia dado muita atenção Até quando eu vi o sono chegando E como uma faca ele veio cortando Cada pedaço de minha disposição Enquanto eu sangrava preguiça Fui lembrando que na minha vida O café foi feito pra atrasar o fim Na xícara, tentei ligar pra a insônia Só que ela já tava era na sua cama Assim como eu, querendo dormir
Por Jefferson MoraesA realização proposta por nossa sociedade só pode ser de aspecto material, pois afetos verdadeiros não podem ser adquiridos nem substituídos na velocidade que nossos tempos preconizam. (...) Repletos de conforto e tecnologia, acabamos por nos tornar cada vez mais sozinhos e menos comprometidos com nossos semelhantes. (Mentes perigosas : o psicopata mora ao lado)
Por Ana Beatriz Barbosa SilvaEu não sou da sua rua, eu não sou o seu vizinho, eu moro muito longe, sozinho. estou aqui de passagem.
Por Arnaldo AntunesII Timóteo, 2TM, 4:6, Quanto a mim, já estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida chegou.
Por II Timóteo, Novo TestamentoJoão, JO, 13:18, <J>Não falo a respeito de todos vocês, pois eu conheço aqueles que escolhi. Mas é para que se cumpra a Escritura: ´Aquele que come do meu pão levantou contra mim o seu calcanhar.`</J>
Por João, Novo TestamentoSofonias, SF, 3:6, ´Exterminei nações. As suas torres estão destruídas. Tornei desertas as suas praças, a ponto de não haver quem passe por elas. As suas cidades foram destruídas, de maneira que não há ninguém, ninguém que as habite.
Por Sofonias, Antigo TestamentoLira do amor romântico Ou a eterna repetição Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem. Os peixinhos responderam: Quem tem amor tem coragem. Atirei um limão n’água e caiu enviesado. Ouvi um peixe dizer: Melhor é o beijo roubado. Atirei um limão n’água, como faço todo ano. Senti que os peixes diziam: Todo amor vive de engano. Atirei um limão n’água, como um vidro de perfume. Em coro os peixes disseram: Joga fora teu ciúme. Atirei um limão n’água mas perdi a direção. Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão! Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho. Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho. Atirei um limão n’água, o rio logo amargou. Os peixinhos repetiram: É dor de quem muito amou. Atirei um limão n’água, o rio ficou vermelho e cada peixinho viu meu coração num espelho. Atirei um limão n’água mas depois me arrependi. Cada peixinho assustado me lembra o que já sofri. Atirei um limão n’água, antes não tivesse feito. Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito. Atirei um limão n’água, fez-se logo um burburinho. Nenhum peixe me avisou da pedra no meu caminho. Atirei um limão n’água, de tão baixo ele boiou. Comenta o peixe mais velho: Infeliz quem não amou. Atirei um limão n’água, antes atirasse a vida. Iria viver com os peixes a minh’alma dolorida. Atirei um limão n’água, pedindo à água que o arraste. Até os peixes choraram porque tu me abandonaste. Atirei um limão n’água. Foi tamanho o rebuliço que os peixinhos protestaram: Se é amor, deixa disso. Atirei um limão n’água, não fez o menor ruído. Se os peixes nada disseram, tu me terás esquecido? Atirei um limão n’água, caiu certeiro: zás-trás. Bem me avisou um peixinho: Fui passado pra trás. Atirei um limão n’água, de clara ficou escura. Até os peixes já sabem: você não ama: tortura. Atirei um limão n’água e caí n’água também, pois os peixes me avisaram, que lá estava meu bem. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente. Senti que os peixes diziam: Hás de amar eternamente.
Por Carlos Drummond de AndradeEu me lembrava de que o mundo real era vasto,e que uma quantidade enorme de esperanças e medos,de sensações e emoções , estava à espera daqueles que ousassem sair por ele afora,buscando,em meio a seus perigos,o verdadeiro conhecimento do que é a vida Jane Eyre - Charlotte Bronte
Por Charlotte Brontë