Entre Irmãs (série)

O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não aguenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos-santos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase todas crêem na mocidade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez a consultar os dicionários, e tal frequência é cansativa. Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como bem e não durmo mal.

Vou pequena e pianinho Fazer minhas orações Eu me rendo da vaidade Que destrói as relações Pra me encher do que importa Preciso me esvaziar Minhas feras encarar Me reconhecer hipócrita

Mesmo com as costas na parede eu não desisto!

Sei que me arrisco a solidão, se é isso que me perguntam. Mas, eu sei viver assim!

⁠Ele morreu pelos nossos pecados e também pelos de todo o mundo. Mas a sua ressurreição assegura-nos que este caminho não conduz à derrota, mas, graças ao nosso arrependimento, conduz àquela “apoteose da vida”, buscada em vão em outros lugares.

De todos aqueles que consideramos felizes, não há um que o seja.

Gênesis, Antigo Testamento, GN, 21:33

Gênesis, GN, 21:33, Abraão plantou uma tamargueira em Berseba e invocou ali o nome do Senhor, o Deus Eterno.

O universo sabia que era amor antes de nós sabermos.

A Nossa amizade pode ter começado hoje mais vale mais do que a que você começou ontem !

Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular ou vender.