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Jó, JÓ, 26:6, O mundo dos mortos está desnudo diante de Deus, e não há coberta para o abismo.
Por Jó, Antigo TestamentoA tristeza é acompanhada de muitos mecanismos de defesa. Choque, negação, se embebedar, fazer piadas e se apegar a religião. Há também a velha e boa saída da crença cega no destino, de que as coisas acontecem por uma razão.
Por Emily GiffinII Crônicas, 2CR, 6:1, Então Salomão disse: - O Senhor declarou que habitaria em trevas espessas.
Por II Crônicas, Antigo TestamentoÀs vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem.
Por A Culpa é das EstrelasSofonias, SF, 1:5, Exterminarei os que sobre os terraços adoram o exército do céu e os que adoram o Senhor e juram por ele e também por Milcom.
Por Sofonias, Antigo TestamentoJeremias, JR, 8:9, Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos. Eis que rejeitaram a palavra do Senhor. Que sabedoria é essa que eles têm?
Por Jeremias, Antigo TestamentoNúmeros, NM, 29:34, e um bode, para oferta pelo pecado, além do holocausto contínuo, a correspondente oferta de cereais e a libação que acompanha.
Por Números, Antigo TestamentoLucas, LC, 2:48, Logo que os pais o viram, ficaram maravilhados. E a sua mãe lhe disse: - Filho, por que você fez isso conosco? Seu pai e eu estávamos aflitos à sua procura.
Por Lucas, Novo TestamentoAniversário No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!... (Nem o acho... ) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio... No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu para mim... Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes! Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!... O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Por Álvaro de Campos