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O que mais eu tenho a oferecer? Nada de novo me acontece. Essa é a realidade do envelhecimento, e acho que essa é a questão essencial. Ainda não estou preparado para ser velho.
Por Água para ElefantesSintonia e Desejo Composição: Ivete Sangalo / Gigi Toda hora me vem um desejo Até a lua sabe o segredo de nós dois A lenda de um amor Reduto de paixão e prazer... Fogo que acende me queima Essa loucura toda que eu só sinto por você Ainda sei de cór Seu rosto, seu gemido e seu cheiro... Olha... Faça fazer a nossa história Nossos momentos bons de glória e paz De sintonia e desejo... O meu coração cheio de paixão Bate por você Preciso te dizer te amo... O meu coração cheio de paixão Bate por você Preciso te dizer te amo Uuhhh Eu te amo...
Por Ivete SangaloA violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque. Não grita nunca o seu perfume. Violeta diz levezas que não se pode dizer.
Por Clarice LispectorSe você tem um sonho, pode passar a vida inteira estudando, planejando e se preparando para isso. O que você de fato deve fazer é começar a implementá-lo.
Por Drew HoustonToda pessoa é sempre as marcas de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. É tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense que está.
Por GonzaguinhaIsaías, IS, 30:6, Sentença contra a Besta do Sul. ´Atravessando a terra da aflição e da angústia, de onde vêm a leoa, o leão, a víbora e a serpente voadora, os embaixadores levam as suas riquezas em lombo de jumento, e transportam os seus tesouros sobre as corcovas de camelos. Levam as suas riquezas e os seus tesouros a um povo que não lhes será de proveito algum.
Por Isaías, Antigo TestamentoLISBON REVISITED (1926) Nada me prende a nada. Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo. Anseio com uma angústia de fome de carne O que não sei que seja - Definidamente pelo indefinido... Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto De quem dorme irrequieto, metade a sonhar. Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias. Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua. Não há na travessa achada o número da porta que me deram. Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido. Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota. Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados. Até a vida só desejada me farta - até essa vida... Compreendo a intervalos desconexos; Escrevo por lapsos de cansaço; E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia. Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme; Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago; ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso. Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma... E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei, Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa (E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas), Nas estradas e atalhos das florestas longínquas Onde supus o meu ser, Fogem desmantelados, últimos restos Da ilusão final, Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido, As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus. Outra vez te revejo, Cidade da minha infância pavorosamente perdida... Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui... Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei, E aqui tornei a voltar, e a voltar. E aqui de novo tornei a voltar? Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram, Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória, Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim? Outra vez te revejo, Com o coração mais longínquo, a alma menos minha. Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -, Transeunte inútil de ti e de mim, Estrangeiro aqui como em toda a parte, Casual na vida como na alma, Fantasma a errar em salas de recordações, Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem No castelo maldito de ter que viver... Outra vez te revejo, Sombra que passa através das sombras, e brilha Um momento a uma luz fúnebre desconhecida, E entra na noite como um rastro de barco se perde Na água que deixa de se ouvir... Outra vez te revejo, Mas, ai, a mim não me revejo! Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico, E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim - Um bocado de ti e de mim! (Heterônimo de Fernando Pessoa)
Por Álvaro de Campos