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Gênesis, GN, 9:24, Quando Noé despertou do seu vinho, soube o que o filho mais moço havia feito.
Por Gênesis, Antigo TestamentoA demanda por homens, como por qualquer outra mercadoria, regula necessariamente a produção de homens.
Por Adam SmithA sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo?
Por Luis Fernando VerissimoQuando você se ama, a vida o ama de volta. Eu também não acho que seja uma escolha. Não sei explicar como funciona, mas sei que é verdade.
Por Kamal RavikantO homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes.
Por Charles BaudelaireAh, como deve ser boa a vida das mulheres frágeis; elas sempre têm alguém que carregue os embrulhos, preencha o Imposto de Renda, troque o pneu do carro, e por aí vai. As fortes fazem tudo sozinhas, e são sempre chamadas nas horas do aperto: elas agüentam qualquer tranco, e são tão fortes que se metem até mesmo onde não são chamadas, para ajudar a resolver os problemas dos outros. Elas acreditam no personagem, veja só. É dura a vida das fortes, que não são poupadas de nada. Se alguém está com uma doença grave, é a elas que vão contar; se a namorada do sobrinho ficou grávida, são as primeiras a saber, e quando alguém da família é preso com uma trouxinha de maconha, são imediatamente chamadas para as providências de praxe... fora os problemas financeiros, é claro. Enquanto isso, os pais e mães desses jovens adoráveis estão tomando uma vodca na beira da piscina sem saber de nada... eles não agüentariam um choque desses e precisam ser poupados, porque são frágeis. Existe sempre alguém para cuidar dos frágeis, seja um parente, um amigo, até um vizinho, que bate na porta preocupado com o silêncio e para saber se ela está precisando de alguma coisa. Uma mulher frágil é mais frágil que um recém-nascido, e como os homens adoram o papel de protetores para se sentirem fortes e poderosos, é a união perfeita da fome com a vontade de comer. Quando elas ficam doentes, um verdadeiro exército é mobilizado; um leva revistas, o outro um embrulhinho com pêras, maçãs e uvas, e se ela não tem empregada não falta quem vá para a cozinha fazer uma canjinha. Preste atenção que vai perceber que essas mulheres frágeis são indestrutíveis. As fortes, na hora de uma crise de coluna, se arrastam até a geladeira para pegar um copo de água, e se alimentam o fim de semana inteiro com uma barra de chocolate, pois ninguém telefona para saber se precisam de alguma coisa. E elas, verdade seja dita, preferem morrer de inanição a pedir socorro, para não cair o tipo. Há uma pesquisa a ser feita: uma mulher frágil nasce frágil ou escolhe essa profissão para se dar bem na vida? Por que elas se dão bem, e sempre encontram um homem talvez ainda mais frágil do que elas para cuidá-las, acarinhá-las e cuidar para que nada as atinja, nunca? Afinal ela é tão frágil, coitadinha. Enquanto isso as fortes se acabam de trabalhar, e são elas que saem dos supermercados com pacotes de compras sem que ninguém se proponha a dar uma ajuda, mesmo que modesta. Somos todos estimulados a ser fortes, mas boa vida mesmo levam as frágeis, daí a dúvida: não seria melhor que as mães, os pais e os colégios ensinassem as crianças a ser frágeis, pois sempre haverá alguém para cuidar delas pela vida toda? E aliás, qual a vantagem de ser forte, além de saber que um dia alguém se referiu a ela dizendo "aquela é uma mulher forte"? Um grande elogio, é verdade. Mas e daí? Toda mulher forte tem desejos secretos que não conta nem a seu travesseiro: que alguém, e não é preciso que seja um homem faça um gesto por ela, de vez em quando. Nada de muito importante; apenas um cuidado, do tipo dizer que a está achando pálida, perguntar se tem se alimentado direito, pegar pelo braço e levar para tomar uma vitamina bem forte. Sabe qual é o sonho dourado de uma mulher forte? Ter uma gripe com 38º de febre e poder ficar na cama. Mas para ela até ter uma gripe é difícil, pois uma mulher forte não adoece; e se isso acontecer, o mais difícil vai ser receber ajuda, pois uma mulher forte não deixa que ninguém faça nada por ela, mesmo precisando desesperadamente, para não passar por frágil. E é capaz de preferir se deixar morrer de tristeza, solidão e sofrimento a pedir socorro seja a quem for. Como são frágeis, as fortes.
Por Danuza LeãoNúmeros, NM, 3:37, também as colunas do pátio ao redor, as suas bases, as suas estacas e as suas cordas.
Por Números, Antigo TestamentoCÓMO SABER ESCUCHAR Las palabras más comúnmente usadas significan cosas distintas para personas distintas. A la mayor parte de nosotros nos preocupa casi siempre exponer nuestros propios puntos de vista, y tendemos a considerar lo que dicen otras personas como una tediosa interrupción del flujo de nuestras proprias ideas. Ideas cuya mayor parte son creencias sin experiencia. Lo que creemos no es descubierto por una serie de actos en la realidad, sino que nos es inculcado desde la infancia por nuestros padres, la escuela, la presión socio-comercial-religioso-política. Ayer conversé con una persona que me pareció completamente ajena a lo que yo le estaba comunicando. Tuve ganas de decirle: "Digo lo que digo, pero lo que tú escuchas no es lo que digo sino lo que tú crees que estoy diciendo. Olvídate de tus creencias, vacía tu mente, abre tu corazón y entonces escucharás lo que te dicen." Vaciar la mente? ¿Cómo? Cada uno de nosotros posee no solamente un yo, sino un auto-concepto. Todos suprimimos, hasta cierto punto, aquella información con la que no nos gusta enfrentarnos, ya sea sobre nosotros mismos o sobre cualquier otro asunto. El auto-concepto incluye solamente lo que somos capaces de decirnos a nosotros sobre nosotros mismos. De la misma manera que el mapa no es el territorio, el auto-concepto, de igual modo, nunca incluye todo el yo. Como el propósito básico de nuestra actividad vital es la protección, manteniemiento y perfeccionamiento de nuestro auto-concepto, teniendo gran prisa en llegar a ser más de lo que somos, defendiendo nuestras particularidades, no nos damos tiempo de escuchar a los otros. Pêro sí nos damos tiempo de enfurecernos y atacar a todo lo que se nos presenta como ajeno. Esta actitud no nos permite desarrollarnos plenamente. Vivimos enquistados en nuestra personalidad infantil, encerrados en un mundo limitado, tal un pollo que no quiere romper la cáscara del huevo que lo contiene. Ese huevo está formado por la sociedad estacionaria, aquella que rechaza todo cambio esencial. Una persona plenamente desarrollada está en y es de la sociedad de la que es miembro, pero no es prisionera de dicha sociedad. Sabe ver el autismo de los otros pero también puede reconocer y admirar cualquier valor que tengan los otros. "Dado que pocos son verdaderamente sinceros con ellos mismos, es indudable que pueden existir en ellos pensamientos, sentimiento, deseos y necesidades que no han tenido ocasión de sentir. Si cambiara su actitud de defender tercamente sus auto-definiciones podrían despertarsus valores sublimes." Cambiando nuestra mirada interior podemos liberarnos de esos problemas debidos a la carencia de conocimiento de nosotros mismos. Y el conocimiento de nosotros mismos es necesario y anterior a todas las demas clases de conocimiento. ¿Cuando decimos "nosotros mismos" debemos comprender que estamos separados de los otros, cual una isla? De ninguna manera. Somos una infima parte de una unidad eterna e infinita. Más que individuos somos una humanidad. Y más que eso: somos una unidad cósmica. No vivimos en un país, en un planeta, sino en un gigantesco, inmenso, misterioso, tremendo universo. Conocerse a si mismo es conocer el mundo infinito y eterno que está en nosotros. Oir a los otros es oirnos. Amar a los otros es amarnos. Dar a los otros es darnos. Para saber escuchar es necesario saber hacer reinar el silencio en nuestro interior. El cerebro jace resonar en su materia, sin cesar, palabras que lo ensordecen. El corazón no piensa, late y esos latidos se unen a los latidos de todos los otros corazones. Escuchar al otro es acompañar cariñosamente al auténtico yo del otro, sin aprobar o desaprobar su auto-concepto.
Por Alejandro Jodorowsky